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Delegado afasta hipótese de atentado contra juíza em tiroteio em frente ao Fórum de Ibiraçu

O delegado da Polícia Civil do município de Ibiraçu (norte do Estado), Fábio Almeida Pedroto, afastou, nesta sexta-feira (8), a hipótese de atentado contra a juíza Cláudia Copolillo Ayres, durante um tiroteio registrado nessa quinta-feira (7), nas proximidades do Fórum local. Em declarações à imprensa, o delegado explicou as investigações preliminares dão conta que houve um “mal entendido”, e que os tiros teriam sido disparados apenas pelo segurança do prédio, na direção de um barranco próximo.

Segundo ele, o procedimento é considerado padrão no caso de ameaça, uma vez que testemunhas relataram ter ouvido um estampido (que se assemelhava a um disparo de arma de fogo) durante a chegada da magistrada ao local. Fábio Pedroto disse que os policiais que fizeram buscas na região do fórum, identificaram somente a marca dos dois disparos efetuados pelo segurança, o que afastaria a hipótese de troca de tirou ou tampouco de atentado contra a juíza, filha do desembargador aposentado Paulo Copolillo.

Em depoimento prestado logo após o incidente, a juíza Cláudia Copolillo afirmou que chegava para trabalhar, por volta das 13 horas, quando ouviu um estampido que, no momento, não tinha certeza de que era arma de fogo. Ela só disse que só percebeu a situação quando um segurança saiu do prédio de arma em punho, fazendo um disparo contra o atirador e a puxou pelo braço, gritando para que corresse para dentro do fórum. Ela chegou a suspeitar de um adolescente que estava nas proximidades do local.

Apesar da descaracterização de atentado ao incidente, o Tribunal de Justiça do Estado (TJES) anunciou medidas de segurança nos fóruns do Espírito Santo. Nessa quinta-feira (7), o presidente do TJES, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, anunciou a homologação do resultado de uma licitação, que classificou duas empresas para o fornecimento de vigilantes com o objetivo de reforçar a proteção aos frequentadores e as instalações de prédios do Poder Judiciário local.

Segundo o tribunal, as maiores queixas da falta de segurança por parte de juízes e serventuários acontece na região norte do Estado, onde foram registrados os mais recentes episódios. Além da suspeita de atentado, a juíza da comarca de Fundão (município vizinho ao que foram registrados os tiros na frente do fórum), Priscila de Castro Murad, pediu autorização do TJES para residir fora do município, onde disse estar sofrendo ameaças de morte.

O presidente da Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Amages), Sérgio Ricardo de Souza, também endossou as críticas à falta de segurança em fóruns no Estado. Em entrevista à Rede Gazeta, o juiz disse que a Polícia Militar não garante a integridade física de magistrados, servidores e do público (partes e testemunhas em processos) que frequentam os prédios. Para ela, cabe apenas ao Tribunal de Justiça a responsabilidade sobre a vigilância patrimonial, que poder ser desempenhado por seguranças terceirizados.

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