O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Jadir José Péla, formalizou, nessa sexta-feira (4), a contratação do Instituto Afonso Linares Prado (Sealp), que vai substituir a empresa mineira Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), investigada por fraudes em convênios na Operação Esopo, na prestação do serviço de qualificação profissional de jovens. O instituto, sediado em Campo Grande (MS), já havia ficado com quatro dos noves lotes em disputa. Com a rescisão do contrato com o IMDC, a Sealp ficou com mais quatro lotes e deve faturar R$ 10,6 milhões pelos serviços.
De acordo com o Contrato nº 021/2013, publicado no Diário Oficial do Estado, o instituto sul-mato-grossense será responsável pela execução das ações de qualificação social e profissional no âmbito do programa Projovem, do governo Federal. O texto não detalha os lotes (regiões do Estado) que passarão a ser atendidas pela Sealp. A IMDC havia vencido a concorrência pública para a realização do projeto nas regiões litoral sul, Rio Doce, centro-oeste e nordeste do Estado. Desses quatro lotes, pelo menos três serão assumidos pela nova empresa.
No início de agosto, a Sealp havia assinado o Contrato nº 018/2013, com o mesmo objeto de execução das ações do Projovem nas regiões sudoeste serrana, litoral sul, Caparaó e noroeste do Estado. Naquela ocasião, o valor da contratação estava previsto em R$ 6,45 milhões. Com a inclusão dos lotes remanescentes da rescisão do acordo entre o Estado e a IMDC, o instituto deve receber mais R$ 4,15 milhões, totalizando algo em torno de R$ 10,6 milhões – pouco mais de 77% dos recursos totais destinadas ao projeto (R$ 13,74 milhões).
No site da Sealp, a entidade é descrita como uma “organização de direitos privados sem fins lucrativos”, que atua na área educacional e de capacitação profissional. Na página não existe qualquer menção aos clientes atendidos pelo instituto, bem como mais informações sobre a experiência na área de qualificação profissional.
A expectativa é de que a partir da contratação, o projeto de qualificação de jovens tenha início. Todos os contratos têm o prazo de vigência de nove meses. Além do instituto sul-mato-grossense, o Estado também contratou a empresa A&F Global Service Brasil Ltda, com sede no bairro Alvorada, em Vila Velha, que deve ficar com os dois lotes restantes para a execução do projeto.