Século Diário errou ao se basear em notícia pubicada em O Globo sobre a decretaçãqo da prisão preventiva do ex-prefeito da Serra e atual secretário nacional de Políticas Públicas de Emprego, Sérgio Vidigal (PDT). Conforme noticiado pelo jornal carioca, a prisão preventiva do ex-prefeito teria sido decretada na Operação Esopo, deflagrada pela PF nessa segunda-feira (9). O jornal O Globo também informou que a sala do pedetista teria sido alvo do mandado de busca e apreensão de documentos. Informação que também foi ngada pela PF.
Na sessão desta terça-feira (10) da Assembleia Legislativa, o depuutado Josias Da Vitória (PDT) afirmou que não havia mandado algum expedido contra Vidigal. O deputado também disse que os jornais também estavam retificando a informação (caso de Século Diário) erroneamente noticiada.
De acordo com a mulher de Vidigal, a deputada federal Sueli Vidigal (PDT), o ex-prefeito estaria a serviço do MTE, em Bogotá, na Colômbia. Ela informou à reportagem do jornal A Gazeta que o casal não tinha conhecimento do mandado de prisão referente à operação policial. Na semana passada, o ex-prefeito já havia negado qualquer relação com fraudes descobertas no Ministério em outra ação deflagrada pela Polícia Federal.
A operação Esopo foi deflagrada nessa segunda-feira em 11 estados e no Distrito Federal. Foram expedidos 49 mandados judiciais, incluindo de prisão, de busca e apreensão e de condução coercitiva. Segundo as investigações, o Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC), entidade com sede em Belo Horizonte, realizou convênios de fachada com o Ministério em 11 estados – Espírito Santo, Minas, Mato Grosso, Rio, Pernambuco, São Paulo, Ceará, Amapá, Paraná, Rondônia, Paraíba – e no Distrito Federal.
Nos últimos cinco anos, segundo a PF, cerca de R$ 400 milhões saíram do ministério e foram parar nos cofres do IMDC. O valor do rombo não é conhecido, porém, alguns contratos analisados já revelaram um desvio de R$ 55 milhões no montante de R$ 79 milhões repassados pelo ministério. O empresário mineiro Deivson Oliveira Vidal, presidente do IMDC, é apontado como o líder da organização criminosa e principal operador financeiro do esquema de desvios.
Entidade atuou na Serra e governo do Estado
De acordo com levantamento em publicações no Diário Oficial, a IMDC firmou pelo menos três contratos no Espírito Santo – dois com o governo estadual e um com a prefeitura da Serra, durante a gestão de Vidigal. O primeiro acordo foi assinado no dia 06 de julho de 2012 pela então secretária municipal de Trabalho da Serra, a deputada estadual Janete de Sá (PMN), pelo valor de R$ 3,8 milhões. O acordo previa a execução do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) no município.
No caso dos dois acordos firmados entre o governo estadual e a entidade, ambos foram assinados no ano de 2013. Em abril, a Secretaria de Educação (Sedu) assinou um contrato de R$ 5,57 milhões para a prestação de serviço de formação inicial, distribuição de material didático e publicação dos resultados do Programa Brasil Alfabetizado. No último dia 12 de agosto, a Secretaria de Ciência e Tecnologia firmou acordo para a execução de ações de qualificação do Projovem em municípios capixabas, ao custo de R$ 5,41 milhões.