Quinta, 25 Abril 2024

Assassino da jornalista Maria Nilce é preso 33 anos após o crime

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Trinta e três anos depois, foi preso nesta terça-feira (28) o ex-policial militar Cezar Narciso de Souza, um dos assassinos da jornalista Maria Nilce, um dos crimes de maior repercussão na história do Espírito Santo. Ela foi assinada quando chegava com a filha a uma academia situada na rua Aleixo Neto, na Praia do Canto, em Vitória, quando foi perseguida e baleada.

A motivação seria, conforme divulgado na época, o conteúdo das matérias que Maria Nilce escrevia no antigo Jornal da Cidade, dela e do seu marido, o também jornalista Juarez Magalhães. A colunista foi assassinada aos 48 anos, em 5 de julho de 1989, com três tiros, pela organização que ficou conhecida no Espírito Santo como "Sindicato do Crime".

A prisão do ex-PM ocorreu em São Diogo, na Serra, por meio de uma força-tarefa formada por policiais federais, rodoviários federais e guardas civis municipais de Vitória, Vila Velha, Serra e Viana. Procurado desde sua condenação definitiva em 2018, havia indicativos de que Narciso pudesse estar escondido na Bahia, em uma propriedade rural no noroeste capixaba ou no sudeste mineiro. O homicídio foi inicialmente investigado pela Polícia Civil e, posteriormente, transferido para a Polícia Federal.
Reprodução

As investigações apontaram como mandante o empresário José Andreatta, que teria contratado o ex-policial civil Romualdo Eustáquio Luz Faria, o Japonês, e este, por sua vez, teria subcontratado dois pistoleiros para a execução, José Sasso e o ex-PM Cezar Narciso de Souza. A dupla de executores teria fugido com o auxílio do piloto de avião Marcos Egydio Costa e do também policial civil Charles Roberto Lisboa.

José Sasso morreu envenenado na cadeia e Marcos Egydio foi assassinado em Jacaraípe. Andreatta, Japonês, Lisboa e Narciso foram condenados, respectivamente, a 24, 15, 17 e 19 anos de reclusão. De todos eles, o único que nunca havia cumprido pena até hoje era Cezar Narciso de Souza.

Nas últimas semanas, os trabalhos se intensificaram e foram realizadas inúmeras diligências contando com o apoio de todos os integrantes da força-tarefa, o que culminou com sua prisão. Cezar Narciso não resistiu à abordagem dos policiais, sendo levado à Superintendência da PF e, depois, à penitenciário estadual. 

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