Segunda, 06 Mai 2024

Financiador de tráfico que envolve cartola tem condenação ampliada

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O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) obteve a ampliação da condenação de José Luís Guedes Welbert no caso que resultou na prisão do ex-presidente do clube de futebol Desportiva Ferroviária do Espírito Santo, Edney José da Costa, e mais sete pessoas por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. Não cabe mais recurso contra a decisão.

Considerado financiador do esquema que, em 2013, tentou enviar 253 quilos de cocaína em um contêiner carregado com milho para Portugal, Welbert havia sido condenado por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro em 2019. Na ocasião, ele foi absolvido pelo crime de associação para o tráfico.

Outros oito envolvidos no esquema já haviam sido denunciados pelo MPF em janeiro de 2018. Entre eles o ex-presidente da Desportiva, Edney José da Costa, e Elio Rodrigues, que foi condenado pela Justiça Federal em primeira instância por participação no caso de um helicóptero apreendido com 445 quilos de cocaína, em 2013, numa fazenda no município de Afonso Cláudio, região montanhosa do Espírito Santo. A aeronave pertencia à família do então senador Zezé Perrela, do PDT de Minas Gerais.

O MPF recorreu da sentença, visando à condenação por associação, requerida pelo órgão já na denúncia. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) acatou o pedido, sendo aumentada a pena total de condenação de Welbert e aditada à condenação pelo crime de associação. Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF), após confirmação do trânsito em julgado da condenação, devolveu o processo à Justiça Federal do Espírito Santo.

Costa que seis dos denunciados foram presos no dia 6 de dezembro de 2017 com 253 quilos de cocaína dentro de um contêiner com carga de milho em um galpão em Vila Velha, que seria enviado para Portugal. Welbert foi condenado a um total de 28 anos, 2 meses e 15 dias de prisão e pagamento de cerca de R$143,8 mil em multa pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas

O caso

De acordo com as investigações, o grupo recebeu, guardou e manteve em depósito 253 quilos de cocaína. A droga foi inserida em um contêiner carregado com milho, com a violação de seu lacre e substituição por um falsificado, para transportá-la e exportá-la para Portugal por via marítima. A quadrilha utilizou um galpão em Rio Marinho, Vila Velha, para fazer a camuflagem da droga dentro do contêiner.

Entre os denunciados está Elio Rodrigues, que recentemente foi condenado pela Justiça Federal em primeira instância por participação no caso do helicóptero apreendido em Afonso Cláudio. Os outros denunciados são Elias Diniz de Santanna da Silva; Wagner da Silva Fernandes; Jincley Caetano; João Manoel Bino; Aniederson Alexandrino Vieira do Carmo; e Bruno Colombo de Lima (único que não está preso, responsável por fazer a programação para envio do contêiner).

Na época, além da condenação dos denunciados por tráfico internacional de drogas, o MPF requereu também que eles fossem condenados pelo crime de associação para o tráfico e que todos os bens apreendidos fossem confiscados e perdidos em favor da União. Entre os bens confiscados estão cerca de R$ 37 mil, uma caminhonete S10, uma caminhonete Chev Tracker, um automóvel GM Tracker, um caminhão Scania e um reboque.

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