Domingo, 19 Mai 2024

Implantação da ???Justiça sem papel??? vai ter regra de transição para advogados

Os advogados capixabas terão um prazo maior para se adequarem ao sistema da “Justiça sem papel”, que prevê a implantação do Processo Eletrônico Judicial (PJe) no Tribunal de Justiça do Estado (TJES). Em reunião nesta quarta-feira (10), as cúpulas da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) e do tribunal firmaram um acordo para o estabelecimento de uma regra de transição até a obrigatoriedade do peticionamento eletrônico.



De acordo com informações da OAB-ES, os advogados capixabas não serão obrigados a ter a certificação digital durante um período, ainda não especificado. Pela previsão do TJES, toda a advocacia deveria utilizar o sistema eletrônico a partir do partir de 26 de agosto, quando os novos processos dentro do projeto passam a tramitar somente por meio virtual. No entanto, a entidade local alegava que apenas 10% dos advogados tinham certificação digital, obrigatória para este tipo de peticionamento.



“A advocacia obteve um ganho importante hoje. O desembargador Pedro Valls [presidente do TJES] concordou em estabelecer esta etapa de transição. Mais uma vez, o relacionamento firme e harmonioso entre a Ordem e o TJ se manteve”, afirmou o presidente da OAB-ES, Homero Junger Mafra em entrevista ao site da entidade.



O presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da Ordem, José Geraldo Pinto Junior, explicou que, durante a fase de transição, os advogados poderão continuar a peticionar em papel, mas os documentos serão inseridos por servidores do Judiciário dentro do sistema eletrônico. “O advogado poderá peticionar do seu escritório direto no sistema, utilizando login e senha, poderá, ainda, entregar arquivos digitais em meio físico (pen drive, CD, DVD) no fórum”, disse.



Também ficou acertado durante o encontro que a OAB-ES, em conjunto com o TJES, oferecerá um curso de capacitação para os advogados. Na ocasião foi apresentada a cópia de um convênio semelhante – firmado entre a OAB e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) – para a criação de um grupo que irá analisar a especialização dos advogados no processo eletrônico.



“O desembargador Pedro Valls demonstrou interesse em conhecer os detalhes do convênio e solicitou que encaminhemos a minuta”, afirmou o presidente da Comissão de Direito da Tecnologia e Informação do Conselho Federal da Ordem, Luiz Claudio Allemand, também presente ao encontro. Segundo ele, com a regra de transição, “o advogado não ficará impedido de trabalhar, mesmo não tendo conhecimento do sistema”.

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