Técnica de enfermagem infectada com Covid-19 é demitida após licença
Depois de 14 dias afastada do trabalho devido à infecção por Covid-19, contraída no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), o antigo São Lucas, em Vitória, onde exercia a função de técnica de enfermagem, Marlucia Moreira retornou às atividades laborais. Porém, teve uma surpresa nada agradável: foi demitida. O argumento para sua demissão, segundo a profissional, foi o fim do contrato. Ela foi admitida no dia 17 de março e demitida em 13 de junho, um pouco menos de um mês antes do fim do contrato e com um plantão ainda a cumprir nessa segunda-feira (15).
Marlucia conta que acabou infectando as três filhas, que também já estão fora de perigo. A técnica de enfermagem relata que irá entrar com ação judicial para requerer a reintegração ou ressarcimento financeiro. "Acho uma falta de humanidade a demissão. Ouvi dizer que quem tem Covid-19 tem direito à estabilidade, mas tem muita gente que não tem noção desse direito, que é nosso", diz Marlucia.
Vagas abertas
O advogado de Marlucia afirma que isso demonstra que ela não foi demitida por falta de vagas. Gabriel acredita que a demissão tenha sido motivada pelo fato de a trabalhadora ter contraído Covid-19. Ele explica que, por ser uma doença nova, não se sabe os efeitos que ela pode causar nas pessoas no futuro. Além disso, apesar de curada, Marlucia ainda sente alguns efeitos colaterais, como falta de ar. Isso pode fazer com que futuramente ela tenha que se licenciar do trabalho, o que deve ter motivado a demissão contestada.
'Aspectos técnicos'
A Pró-Saúde, que administra o Hospital Estadual de Urgência e Emergência, afirmou, em nota, que a técnica de enfermagem Marlucia Moreira foi contratada por período determinado, com possibilidade de renovação, e que "seu desligamento levou em consideração aspectos técnicos e de desempenho". O hospital diz ainda que "outras questões relacionadas ao período em que a profissional atuou no local serão encaminhadas ao Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo".
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Comentários: 4
Muito bom!!!
Excelente !
Isso é uma canalhice, tratando um funcionário que se prejudicou no exercício das suas funções profissionais como um objeto com defeito que pode ser substituído ao tempo e à hora que querem,lamentável.
Fez muito bem e desejo sorte e ganho da causa junto ao advogado pq essa empresa pro saúde é um lixo já passou aqui por São Paulo e ganho vários processos não é por acaso que é envestigada no Rio pela lava jato