Sexta, 03 Mai 2024

Gilsinho requer informações sobre redução da poluição do ar emitida pela Vale

Gilsinho requer informações sobre redução da poluição do ar emitida pela Vale
O deputado estadual Gilsinho Lopes (PR) enviou nessa terça-feira (13) à secretária de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Diane Rangel, requerimento de informação solicitando documentação técnica que comprove a veracidade da redução em 33% das emissões totais de poeira na Ponta de Tubarão pela Vale, conforme divulgado pela empresa no mês passado. Esses dados, como lembra o requerimento, são conflitantes a medição de poeira sedimentável do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).



A mineradora apontou que a redução teria acontecido entre os anos de 2010 e 2013, devido a medidas tomadas dentro da empresa para o controle das emissões. "Se comparadas somente as emissões de fontes difusas, como correias transportadoras, pátios de estocagem e carregamento de navios, essa redução foi ainda maior, de aproximadamente 50%", disse a mineradora na ocasião.
 
No último dia 2 de maio, o conselheiro do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Vitória (Comdema), Eraylton Moreschi Junior, enviou solicitação ao secretário de Meio Ambiente de Vitória, Cleber Guerra, para que ele busque, na empresa, os dados de medição da poeira sedimentável que comprovam tal redução. No documento, o conselheiro também aponta a contradição entre a redução apontada pela Vale e os dados de medição fornecidos pelo Iema em março de 2013, data em que o órgão parou de divulgar tais informações.
 
Em março deste ano, Gilsinho protocolou outro requerimento, a pedido do grupo SOS Espírito Santo Ambiental, também destinado à secretária Diane Rangel, para saber se as medidas que devem ser tomadas em nível estadual para monitorar a poluição do ar em Vitória e na região metropolitana estão sendo atendidas.
 
No requerimento, o deputado questiona se está sendo ou não realizado o monitoramento do ar em Vitória, já que no site do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) não aparecem tais resultados desde agosto do ano passado. Se a análise estiver ocorrendo, o grupo quer ter acesso às informações. Se o monitoramento não estiver sendo realizado, quer saber o motivo.
 
Os mesmos questionamentos já foram encaminhados à secretária no primeiro trimestre de 2013, pela Comissão de Meio Ambiente da Assembleia, durante a audiência pública sobre o pó preto, em abril do ano passado. No segundo semestre, os questionamentos foram novamente entregues pela Frente Parlamentar Ambientalista mas, até então, o grupo não obteve respostas.
 
Ainda em março, o SOS Ambiental protocolou denúncia no Iema e no Palácio da Fonte Grande direcionada ao governador Renato Casagrande, pedindo explicações sobre a falta de divulgação dos resultados da medição de poeira desde março de 2013 e do funcionamento de algumas estações de medição da qualidade do ar desde agosto do mesmo ano, por falta de manutenção.
 
Os integrantes do grupo ainda alertam que as poluidoras Vale e ArcelorMittal são as únicas favorecidas por tal situação e omissão do poder público.

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