Segunda, 06 Mai 2024

Jornada Nacional reunirá 1.500 pequenos agricultores em Vitória

Jornada Nacional reunirá 1.500 pequenos agricultores em Vitória
Nesta semana, os militantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) organizarão manifestações em todo o país com o objetivo principal de dialogar com a sociedade sobre a soberania alimentar, já que o movimento entende que ela é essencial para a qualidade de vida do povo do campo e da cidade.
 
Soberania alimentar é uma das principais lutas do MPA, e significa a produção e comercialização de comida diversificada, sem uso de venenos, que respeite o meio ambiente e a cultura local. A soberania alimentar também é apontada como a solução para o combate à fome, que aflige 50 milhões de brasileiros todos os dias. Para o MPA, é uma contradição que um país onde milhões passam fome abrigue multinacionais que atingem lucros exorbitantes, produzidos no próprio país.
 
As manifestações serão realizadas em 15 estados até a sexta-feira (18), sendo que o dia 16, quando é celebrado o Dia Internacional da Soberania Alimentar, é tido como o "dia D" da jornada.
 
No Espírito Santo, mais de 1.500 camponeses sairão de 30 cidades em direção à Capital, na segunda-feira (14), onde se concentrarão no Sindicato dos Bancários (Sindibancários/ES), a partir das 18h. À noite, haverá uma celebração com os sindicatos urbanos e demais parceiros de luta. O retorno aos municípios do interior acontecerá somente na quarta-feira (16).
 
Uma audiência com o governador Renato Casagrande está sendo pleiteada para terça-feira (15). Nesta reunião, os militantes tratarão de assuntos que já são debatidos com o governo há mais de dois anos – sem respostas nem ações efetivas. Algumas delas são a melhoria da educação no campo, a reforma agrária e a necessidade do investimento estrutural no campesinato, que são essenciais à promoção da soberania alimentar. No mesmo dia, também haverá a entrega de cestas de alimentos saudáveis, produzidos sem agrotóxicos, nas propriedades dos militantes do MPA.
 
Desde 1991, o governo do Estado não destina novas terras à reforma agrária, abandono que descontenta uma série de militantes do campo. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o MPA criticam os investimentos feitos em programas destinados ao campo, que somente beneficiam grandes propriedades destinadas à exportação e que, logicamente, fazem uso contínuo de agrotóxicos, visando ao lucro, não a qualidade alimentar. Para os militantes, é claro saber de que lado – da agricultura familiar ou do agronegócio – o governo está. As lavouras de eucalipto e de cana de açúcar são apontadas, em território capixaba, como as principais vilãs da reforma agrária.

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