Os servidores do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf) estão em greve por tempo indeterminado. Eles exigem reajuste e reposição salarial referentes às perdas inflacionárias desde o ano de 2003. A paralisação afeta os setores de Fiscalização Florestal e o Licenciamento Ambiental, sobretudo no interior do Estado.
Segundo Gerson Correia de Jesus, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos), as perdas chegam a 60%. Além disso, os servidores ressaltam que o governo Renato Casagrande não oferece respostas satisfatórias às reivindicações da categoria.
Uma liminar concedida ao governo do Estado nesta sexta-feira (3) determina que a fiscalização das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa) e o atendimento a frigoríficos sejam mantidos. O presidente do sindicato afirma que apresentará recurso à decisão judicial, mas até lá acatará a decisão. Gerson afirma que, em respeito à Lei Estadual nº 7.311, que regulamenta o direito de greve dos servidores públicos,estão mantidos 30% da prestação de serviço à comunidade e a manutenção reduzida da jornada de trabalho.
Com relação à mudança nas nomenclaturas de carreiras, é exigido que a função de Analista em Desenvolvimento Agropecuário passe a ser denominada Fiscal Estadual Agropecuário – nível superior, em relação aos profissionais engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, engenheiro de alimentos, médico veterinário, que realizam a atividade de fiscalização do Idaf, com salário inicial de R$ 7.548,19; que a carreira de Tecnólogo em Desenvolvimento Agropecuário passe a ser chamada Fiscal Estadual Agropecuário – nível tecnólogo, em relação aos profissionais tecnólogos, que realizam a atividade de fiscalização do Idaf, com salário inicial R$ 6.264,99; e que o nome da carreira de Técnico em Desenvolvimento Agropecuário seja mudado para Fiscal Estadual Agropecuário – nível técnico, em relação aos profissionais técnicos agrícolas, que realizam a atividade de fiscalização do Idaf, com salário inicial de R$ 5.283,73.
O Idaf é responsável pela execução da política agrária, cartográfica e pela execução da política de defesa sanitária, além de ser administrador dos remanescentes de mata atlântica no Estado.