Quarta, 01 Mai 2024

Ufes poderá, finalmente, oferecer curso de Educação Indígena

Ufes poderá, finalmente, oferecer curso de Educação Indígena
A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) poderá, finalmente, ter um curso de licenciatura em Educação Indígena. Reunião nesse sentido foi realizada na manhã desta sexta-feira (1) na instituição. Este já é o terceiro projeto que nasce das mãos dos próprios índios e chega à Ufes. Os anteriores foram recusados. 
 
Participaram do encontro desta sexta o reitor da universidade, Reinaldo Centoducatte; a senadora Ana Rita (PT); o deputado estadual Claudio Vereza (PT); a subsecretária de movimentos sociais da Casa Civil do Estado, Leonor Araújo; representantes da Secretaria de  Estado da Educação (Sedu); e mais de 20 lideranças indígenas.
 
O projeto já estava na universidade desde junho do ano passado, passando por trâmites internos. Segundo José Sizenando, coordenador da comissão dos caciques Tupinikim e Guarani, a luta vem desde 2001 e era constante a falta de vontade da Ufes para a criação do curso. Entretanto, desta vez, aponta, o reitor demonstrou que vai desenvolver o projeto e os índios estão esperançosos.
 
O coordenador ainda disse que a expectativa é grande, pois a educação indígena ainda caminha a passos lentos no Espírito Santo, onde só há escolas indígenas de ensino fundamental.



Há, ainda, uma promessa do governador Renato Casagrande para a criação de uma escola de ensino médio indígena na aldeia Caieiras Velhas. Os Tupinikim, inclusive, levaram à reunião a questão da falta das cotas para indígenas na Ufes, propondo que nelas sejam priorizados os índios que vivem em aldeias. Centoducatte respondeu que já há uma comissão na Ufes que estuda a situação e que as cotas devem ser estabelecidas de acordo com os dados populacionais registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
O novo curso já foi aprovado por todos os departamentos relacionados na Ufes, que votaram favoravelmente pela criação, com algumas sugestões de ajustes. Resta ainda a avaliação final da última comissão, antes de ser enviado ao Ministério da Educação (MEC). Esse envio deve ser realizado até abril de 2014, quando será publicado o edital de adesão das universidades brasileiras ao Programa de Apoio à Formação Superior de Professores que Atuam em Escolas Indígenas de Ensino Básico (Prolind).
 
O curso de licenciatura em Educação Indígena será focado na formação dos próprios índios que já atuam ou querem atuar nas escolas das aldeias Tupinikim e Guarani, em Aracruz (norte do Estado), e a previsão é de que, em um prazo de cinco anos, seja implantado nas aldeias, na Base Oceanográfica da Ufes e no campus de Goiabeiras. O curso será dividido nas habilitações de Ciências Sociais e Humanidades; Linguagem, Arte e Comunicação; e Ciências da Natureza e Matemática.

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