Política

Acervo fotográfico de Max Mauro vira catálogo e exposição

Fotos: Acervo Max Mauro Com 82 anos, Max Mauro é um verdadeiro patrimônio vivo da política do Espírito Santo. Ainda criança, fazia campanha para seu pai, Saturnino Rangel Mauro, fundador do PTB, vereador e deputado c Redação
28/10/2019 00:00 | Atualizado 09/03/2020 01:11

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Fotos: Acervo Max Mauro

Com 82 anos, Max Mauro é um verdadeiro patrimônio vivo da política do Espírito Santo. Ainda criança, fazia campanha para seu pai, Saturnino Rangel Mauro, fundador do PTB, vereador e deputado constituinte. Max Mauro foi prefeito de Vila Velha, deputado federal e governador do Estado. E a história continua com um de seus herdeiros, Max Filho (PSDB), atual prefeito de Vila Velha e com longa trajetória.

Um acervo pessoal com mais de nove mil fotos de Max Mauro e sua trajetória política, além de 95 fotos herdadas do pai Saturnino, estará disponível em breve para pesquisadores e interessados do Espírito Santo e do mundo.

Um catálogo impresso e um CD com o acervo serão distribuídos na próxima quarta-feira (30), a partir das 18h, na sede do Arquivo Público Estadual (Apees), no Centro de Vitória, durante a inauguração da exposição fruto do projeto Memórias Fotográficas: tratamento e digitalização do acervo fotográfico do ex-governador Max Mauro. Na ocasião, o acervo será entregue digitalizado para o Arquivo Público e disponibilizado também num blog desenvolvido pelo projeto, que foi coordenado por André Malverdes, professor de Arquivologia da Universidade Federal do Estado (Ufes), que contou com apoio do Fundo Estadual de Cultura (Funcultura).

O acervo original permanece com Max Mauro e foi feito o pedido para seu tombamento junto ao Conselho Estadual de Cultura devido ao grande caráter de interesse público que possui. "Além dos acervos públicos importantes, os acervos pessoais fazem parte do patrimônio cultural. O pedido de tombamento busca incentivar que outras pessoas públicas de importância política, social e cultural possam também pensar no tratamento e disponibilização de seus acervos, que podem ser de utilidade para pesquisas, para a gestão pública e também para curiosos em geral", diz o professor, que acredita que o tombamento do acervo pessoal de Max seria uma iniciativa inédita no Espírito Santo.

Quem visitar o Arquivo Público a partir de quarta-feira à noite encontrará 14 painéis que retratam diferentes momentos da história do Espírito Santo a partir do olhar dos Mauro e seus próximos, em fotografias que vão desde os anos de 1910 até 2008. Com nome de Agora É Max, a exposição traz relíquias históricas como registros da visita de Getúlio Vargas ao Espírito Santo e de momentos da trajetória de Saturnino Rangel Mauro como político e sindicalista.

De Max Mauro, a exposição apresenta momentos de suas campanhas eleitorais, das diversas reuniões com comunidades de momentos marcantes do governo de Max Mauro, como a inauguração do Transcol e construção e inauguração de várias pontes importantes para os municípios capixabas, incluindo a Terceira Ponte. Outro registro marcante é da atuação no Espírito Santo do movimento dos cara-pintadas em 1992 no pedido do impeachment do presidente Fernando Collor.

Extrapolando as fronteiras da relevância para a história política do Estado, evidente pela importância das figuras de Max e Saturnino e suas atuações partidárias e institucionais, o acervo traz também elementos que podem ser explorados por pesquisadores, especialistas e interessados de áreas amplas, apresentando elementos da arquitetura, da geografia das cidades, dos movimentos sociais, das manifestações de cultura popular, das vestimentas e modos de vida de décadas atrás, entre outros.

O catálogo, além de detalhar cada um dos registros presentes no CD de fotos, também traz textos de grande utilidade para quem quer conhecer mais da história do Espírito Santo e da atuação da família Mauro na política capixaba. A trajetória política da família é contada em texto de Amarildo Mendes Lemos, além de conteúdos de Diovani Favoreto e de André Malverdes que falam sobre a digitalização do acervo fotográfico e da descrição arquivística do mesmo.

No lançamento da exposição no Arquivo Público, o professor Malverdes fará uma palestra abordando as relações entre política, fotografia e memória a partir da experiência do projeto com o acervo de Max Mauro. As fotos seguem expostas até janeiro de 2020 no local. Em março devem seguir para a Casa da Memória de Vila Velha, na Prainha.