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Ações de Hartung criam ambiente de pressão para Renato Casagrande 

Os gastos projetados pelo governador Paulo Hartung (MDB) para a próxima gestão, que começa em janeiro de 2019, estão colocando o governador eleito, Renato Casagrande (PSB), em um ambiente de pressão de prefeitos com os quais o atual governo formalizou convênios nas últimas duas semanas. 

O clima de insatisfação se tornou mais intenso depois que a equipe de transição de Renato Casagrande denunciou ao Tribunal de Contas o regime de repasses dos convênios em parcela única, solicitando uma auditoria para verificar a legalidade dos atos, formalizados por meio da Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb).

Se de um lado o governador eleito age para impedir investidas do governo atual, como ocorre desde 2014, quando foi substituído por Paulo Hartung, de outro, cria arestas com as prefeituras, com resultados negativos não apenas nos quatro anos do governo, mas, principalmente, nos projetos de reeleição, em 2022. 

Nesse sentido, Paulo Hartung joga com prefeituras importantes, como Serra e Viana, na Grande Vitória, Venda Nova do Imigrante e Montanha, na região serrana e noroeste, e Alegre, no sul do Estado. É uma questão que Renato Casagrande terá que equacionar, adotando medidas conciliadoras, sem deixar de frear, ao mesmo tempo, as investidas do atual governador.  

Na Serra, maior colégio eleitoral do Espírito Santo, Hartung busca uma aproximação mais sólida com o prefeito Audifax Barcelos, sinalizando sua filiação à Rede, partido do prefeito, da mesma forma que tenta erguer pontos favoráveis no interior, visando se manter ativo politicamente. 

A vitória de Casagrande, a debandada do grupo de Hartung depois que ele desistiu da reeleição, e a derrota de alguns de seus poucos aliados colocam seu futuro como político em curva descendente. 

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