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Acomodação de Roberto Carlos no Sebrae ‘enrola’ e dificulta articulação do PT

Até às 17 horas desta quarta-feira (26) o impasse sobre a composição da diretoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Espírito Santo, seguia sem definição. Até essa terça-feira (25), a movimentação parecia ter um caminho já definido, mas não é bem isso que se viu na entidade no dia da eleição. 
 
No início da semana, a informação de que o candidato apoiado pela deputada federal Iriny Lopes (PT) e pelo governador Renato Casagrande (PSB), Pedro Rigo. atual presidente da Aderes, havia desistido da disputa, aumentava a bolsa de apostas em torno do nome do candidato do PT derrotado ao governo do Estado, deputado Roberto Carlos. A nomeação viria como uma espécie de compensação a Roberto Carlos, que teria aceitado a missão do PT estadual entrar na disputa como “candidato tampão”.
 
Conforme adiantou a coluna Socioeconômicas nessa segunda-feira (24), as articulações teriam terminado com consenso em torno do nome de José Eugênio Vieira, ligado a Hartung, para reeleição no cargo de superintendente, Roberto Carlos em uma diretoria, e Rui Dias de Souza permaneceria em outra diretoria. Mas ao que parece, Rigo voltou atrás e estaria no páreo novamente pleiteando uma diretoria. 
 
A movimentação no Sebrae é a primeira de outras acomodações que os aliados de Hartung no PT devem ter no governo do Estado a partir do próximo ano. O partido disputou a eleição isolado, mas o presidente da sigla, o ex-prefeito de Vitória João Coser teria feito uma aliança clandestina com o peemedebista e o seu grupo já teria seus lugares garantidos na nova gestão. 
 
No último dia 15, o PT realizou um encontro do diretório ampliado em que, esperava-se, fosse deliberado sobre a posição do partido em relação ao novo governo, mas o assunto não entrou na pauta de discussão. Essa movimentação seria discutida posteriormente. Mesmo com algumas correntes sendo contrárias à adesão ao novo governo, Coser e seu grupo estão conversando com o governador eleito e os espaços para os petistas aliados já estariam garantidos.
 
Dentro do arco de alianças de Hartung, a acomodação de Roberto Carlos no Sebrae é uma compensação. Como candidato ao governo, o petista não fez enfrentamento ao governador eleito e a com apenas 6% das intenções de votos não contribuiu sequer para levar a disputa para o segundo turno. No Sebrae, ele fica afastado do Palácio Anchieta, o que confirmaria a conversa para o acordo.

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