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Acomodação proporcional deve tirar líder de Luciano da base

O deputado federal Jorge Silva chega ao PHS com uma movimentação muito forte, mas não em São Mateus, no norte do Estado, onde ele deve disputar a eleição a prefeito, mas em Vitória, envolvendo a o representante do partido na Câmara da Capital, vereador Rogerinho Pinheiro, que é o líder do prefeito Luciano Rezende (PPS) no legislativo municipal.
 
A manobra seria para tirar Rogerinho da base de Luciano com a justificativa, plausível, aliás, do peso da chapa governista na disputa proporcional, que além do PHS, conta hoje com PPS, PSB e Rede. Com esse grupo, Rogerinho estaria disputando a reeleição com vereadores altamente competitivos, como Fabrício Gandini, o mais bem votado em 2012, e Davi Esmael (PSB), que tem um grande eleitorado evangélico como base. 
 
A ideia seria a de levar Rogerinho para uma chapa mais leve, ao lado do PSC e PPL, o que poderia garantir a recondução do vereador à Câmara de Vitória na eleição de outubro próximo. Em 2012, o vereador obteve 2.376 votos em uma coligação formada por PHS, PPS e PTN. Este ano, porém, o cenário é diferente. 
 
Mas os cálculos proporcionais são apenas um subterfúgio dentro da estratégia de isolar o prefeito na disputa deste ano. O deputado federal estaria fazendo a ponte na conversa do vereador com o governador Paulo Hartung (PMDB), que tem um grande interesse na derrota de Luciano Rezende
 
Se a conversa avançar, Rogerinho Pinheiro deve abandonar a liderança e a base, deixando o prefeito em situação complicada na já complexa relação com a Câmara, que no último ano se tornou arredia às articulações do prefeito.
 
O cerco a Luciano conta ainda com a pulverização de candidatos a prefeito na cidade com o selo palaciano. A principal aposta do governador seria no palanque do deputado estadual Amaro Neto (SD), e o governador não é o único. O assedio das lideranças que desejam caminhar com o deputado é grande. 
 
Na segunda-feira (28), o vereador Max da Mata passou um bom tempo da sessão ordinária na Assembleia conversando com o deputado. De saída do PSD, o vereador estaria buscando uma filiação ao SD para compor chapa com Amaro, na condição de vice-prefeito. O problema é que uma chapa puro sangue dificultaria as conversas com outras lideranças e encontrar uma acomodação para Max da Mata também não estaria fácil no mercado político. Fala-se até em um possível retorno ao DEM. 
 
Outro nome que estaria sendo cogitado para a vice de Amaro também vem da Câmara. O vereador Serjão Magalhaes já desembarcou do PSB, com justificativa de que pretendia disputar a eleição para prefeito, mas com a porta fechada na Rede, o vereador também está deslocado e estaria conversando com o PTB de olho na vice de Amaro. 

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