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Agora é tarde

O jornal do Sintraconst, em sua edição de novembro, traz uma matéria sobre o posicionamento da Bancada Federal Capixaba em relação à reforma trabalhista. O destaque da matéria é o senador Ricardo Ferraço (PSDB), que foi o relator da proposta no Senado. 
 
Na votação da reforma, os três senadores: Rose de Freitas (PMDB), Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB) votaram a favor da matéria. Na Câmara, estiveram contra os trabalhadores Evair de Melo (PV), Lelo Coimbra (PMDB), Marcus Vicente (PP), Norma Ayub (DEM) e Paulo Foletto (PSB). Os deputados do PT, Givaldo Vieira e Helder Salomão, além do pedetista Sérgio Vidigal, Carlos Manato (SD) e Jorge Silva (PHS), votaram contra. Tudo bem, mas essa questão é mais profunda que isso. 
 
Na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, reeleita por maioria de votos em 2014, apenas os dois deputados do PT, Helder Salomão e Givaldo Vieira votaram contra. Até mesmo os deputados de partidos aliados resolveram virar as costas para o governo, como o deputado Sérgio Vidigal, que votou contra a orientação do PDT e até foi suspenso da direção do partido no Estado por três meses por isso. 
 
Vale destacar que a deputada Norma Ayub (DEM) entrou na bancada depois da votação, substituindo Max Filho (PSDB), que também votou pelo impeachment. Mas, por sua admiração ao juiz Sérgio Moro está mais do que provado que votaria também contra a permanência da presidenta e ainda faria discurso inflamado. 
 
A partir do golpe de Michel Temer, os direitos dos trabalhadores foram sendo dragados. Aliás, ele foi posto lá para isso. É só ver quem foi que bancou o impeachment, a Fiesp, e é a serviço dela que ele tem comprado Deus e todo mundo para se manter no poder e concluir a missão que lhe foi dada. 
 
Logo, quem apoiou o imeachment, independentemente da postura atual, contribuiu para que se chegasse a essa comissão. Agora, alguns deputados tentam se mostrar amigos do trabalhador. Mas como diz o ditado, agora Inês é morta e de arrependidos o inferno está cheio. 
 
Por isso, os sindicatos devem ter mais cuidado e participação nessa vigilância dos agentes políticos e de suas posturas. É preciso olhar mais do que o que está na ordem do dia, é preciso analisar a conduta de cada um com muita atenção. 
 
E fora, golpistas!

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