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Alívio

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada na noite dessa quarta-feira (18), faz com que a classe política tenha um feriado bem mais tranquilo. A manutenção das 10 vagas de deputado estadual e das 30 de deputados estaduais facilita as composições, diminui o quociente eleitoral e aumenta as esperanças dos candidatos para o pleito de outubro próximo.

A luta no início da noite, quando o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Espírito Santo, o ministro Gilmar Mendes, proferiu seu voto, parecia perdida. Ele se alinhou ao entendimento da Procuradoria Geral da República (PGR) e da Advocacia Geral da União (AGU), que enviaram pareceres pela improcedência das ações que questionavam a constitucionalidade da Lei 78/1993, que deu poderes ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudar o quantitativo de representantes nos legislativos.

Mas o voto divergente da ministra Rosa Weber ao analisar duas Adins que estavam sob sua relatoria salvou o Estado e mais outros sete entes federados que perderiam representatividade com a regra. Com isso, o Estado fica do tamanho que está na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.

Bom, pelo desempenho da bancada capixaba, não se pode dizer que isso trará efetivamente ganhos para o Espírito Santo. Continuamos sendo minoria e sem uma figura de destaque em condições de negociar ou agregar as demais bancadas do Sudeste para buscar uma representação que de fato influa no jogo político nacional, mas pelo menos em relação à eleição deste ano, as coisas ficam mais fáceis.

Em vez de pensar em 220 mil votos, as coligações podem voltar a conversar sobre 180 mil, com a possibilidade de brancos, nulos e abstenções, aliados a uma boa acomodação de 150 mil para eleger um deputado. Facilita. Embora a lista das apostas não mude muito.

Para a Assembeia, as grandes coligações ganham fôlego para a dura tarefa de tentar reeleger o maior número possível de deputados. Nos próximos dias, então, a classe política volta às contas iniciais e alinhava suas alianças de acordo com o parâmetro antigo. Viva a minoria!

Fragmentos:

1 – Com uma boa influência entre os convencionais, a deputada Rose de Freitas (PMDB) acredita que tem Paulo Hartung nas mãos. Pode ser, mas isso só até ele conseguir uma vitória interna. Achar que ele vai fazer campanha para ela seria ingenuidade.

2 – Tem tucano acreditando que César Colnago não vai ter condições de colocar em votação, na convenção deste sábado (21), a proposta de o partido disputar ao lado de Paulo Hartung, tendo ele como vice.

3 – Agora a classe política terá o feriado e a próxima semana para os ajustes finais. Será que dá tempo ou haverá casamento na delegacia?

 

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