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Ana Rita e Iriny repudiam adesão do PT ao governo Hartung

A Executiva do PT definiu na noite dessa segunda-feira (15) sua participação no governo de Paulo Hartung (PMDB). Minoria na Executiva,  a deputada federal Iriny Lopes e a senadora Ana Rita, ambas da corrente Articulação de Esquerda, não participaram do encontro. Elas usaram as redes sociais para expor descontentamento com definição do partido.
 
Com compromissos no Senado, Ana Rita não participou da reunião, mas a posição foi defendida pela Articulação no encontro. Mesmo assim, a senadora utilizou sua página no Facebook para explicar por que não concorda com a adesão do partido ao projeto de governo de Paulo Hartung. 
 
Segundo a senadora, as opções de Paulo Hartung reforçam a defesa do projeto político defendido por ele, que guarda profunda identidade com os projetos do PSDB e conservadores, opostos e antagônicos ao projeto do PT. “Alguns alegam que o PMDB faz parte da base de apoio do governo Dilma. Pois bem: Paulo Hartung e seus aliados não fazem parte desta base. Em nível nacional é o PMDB que apoia nosso projeto e não o contrário”, afirmou.
 
A deputada federal Iriny Lopes, que também não participou da reunião, publicou um longo texto nas redes sociais sobre o assunto. Ela lembrou a aliança de Hartung com o PSDB, nas eleições de outubro. Iriny destacou que o governador eleito fez campanha para o tucano Aécio Neves. 
 
A deputada lembrou a aliança do PT em 2008 na prefeitura de Vitória e o abandono do partido pelo PMDB em 2012, quando ela disputou a sucessão de João Coser. A petista ainda lembrou o apoio do partido à eleição de Ricardo Ferraço (PMDB) ao Senado, que após eleito assumiu uma postura de oposição ao governo federal.
 
“Há uma confusão entre aliança eleitoral e de políticas estratégicas. O argumento de quem defende que o PT ficará ‘isolado’ se não ingressar no governo PH não convence”, disse.
 
A deputada destacou ainda a incompatibilidade do programa de governo de Hartung com a linha ideológica do PT. “O projeto de PH é o do neoliberalismo com seu estado mínimo. Os investimentos sociais no Estado vieram do governo federal. Há baixa presença de recursos estaduais nessas áreas. Lula e Dilma são a prova de que os mais pobres só têm chance de ter direitos e oportunidades com a presença do Estado. Fora isso, só a elite se dá bem”, afirmou a deputada.

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