Governador do Estado quer garantir caminho livre para a reeleição no próximo ano
A festa de filiação ao PSB do ex-deputado federal Givaldo Vieira, nessa terça-feira (22), juntamente com as do governador do Maranhão, Flávio Dino, e do deputado federal pelo Rio de Janeiro Marcelo Freixo, pesos pesados da oposição ao governo Bolsonaro, não foi suficiente para satisfazer o governador Renato Casagrande, secretário-geral do partido e nome já definido como concorrente à reeleição em 2022.
Ao manter seu favorecimento à candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República, o governador coloca entrave nas negociações de seu partido com o PT e afasta nomes já apontados como novos filiados. Nesse contexto, fica mais difícil concluir o cenário em construção no Espírito Santo, por meio da esperada filiação ao PT do senador Fabiano Contarato, ainda na Rede, nome que lidera a preferência petista para concorrer ao Palácio Anchieta.
Essa questão faz parte de conversas e pode alcançar um nível de solução satisfatório se o senador Contarato adiar para 2026 a indicação do seu nome para concorrer ao governo do Estado, cuja aceitação, atualmente, circula apenas nos bastidores políticos, sem qualquer confirmação de sua parte.
Com essa posição, Casagrande garante caminho livre para concorrer à reeleição, afastando-se do movimento de coalizão de partidos de esquerda para derrotar Jair Bolsonaro, considerando posicionamentos de Ciro Gomes, que se coloca mais a centro e em algumas ocasiões à direita na política nacional.
Em declarações à imprensa de projeção nacional, Casagrande afirmou que o PSB deve considerar o nome de Ciro, ignorando os 6% da última pesquisa do Datafolha, divulgada em maio passado, e se coloca em sentido oposto à fala do seu colega do Maranhão. Flávio Dino abraça a campanha petista há meses, sendo sinalizado como potencial vice na chapa liderada por Lula, nome que lidera a disputa em todas as pesquisas divulgadas até agora.