Segunda, 06 Mai 2024

Apesar das incertezas, lideranças seguem se movimentando para as eleições de 2014

Apesar das incertezas, lideranças seguem se movimentando para as eleições de 2014
Na Câmara, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da reforma política, se articula para instalar na próxima terça-feira (9), a comissão que vai analisar os pontos para o plebiscito. Ele deverá apresentar seus resultados em até 90 dias, o que deixaria inviável a aplicação de novas regras para a disputa de 2014, mas o governo pressiona para que as mudanças possam valer já para a próxima eleição. 
 
Mesmo com a instabilidade sobre como será o sistema eleitoral de 2014, as lideranças do Estado vem se movimentando para buscar uma boa acomodação, levando em conta o cenário atual. 
 
Caso não haja mudança sejam válidas ainda pars próximas eleições, o Estado tem hoje pelo menos duas candidaturas ao governo, que são apontadas como certas: a do governador Renato Casagrande à reeleição e a do senador Magno Malta (PR). O fato de o partido de Magno ter deixado a base do governo foi vista pelos meios políticos como uma confirmação de que a candidatura do senador é irreversível. 
 
Mas o governo pode ter ainda um outro palanque. O PMDB vem se movimentando em nível nacional para tentar legitimar uma saída do tripé partidário que forma como PSB, de Casagrande e o PT do ex-prefeito de Vitória João Coser, para tentar erguer um palanque no Estado. Para isso o partido tenta viabilizar as candidaturas ou do ex-governador Paulo Hartung ou do senador Ricardo Ferraço (ambos do PMDB).
 
Entre os peemedebistas o caminho parece pender para Ferraço, assim o partido poderia manter a aliança com o PT. Isso porque a aproximação entre Hartung e o presidenciável tucano Aécio Neves (MG) poderia inviabilizar a permanência do PT no grupo. 
 
No meio da discussão sobre os cabeças de chapa está o PT vendo diminuir seu único trunfo com as lideranças com as quais quer coligar para conseguir manter o capital atual, com a vice de Casagrande ou conseguindo o apoio irrestrito a uma disputa de Coser ao Senado. Mas se a popularidade da presidente Dilma Rousseff continuar caindo o partido pode perder sua arma de negociação. A menos que o partido consiga trazer o ex-presidente Lula para a disputa presidencial do próximo ano. 
 
Caso mude o sistema eleitoral para as eleições de 2014, muitas discussões teriam de ser repensadas, sobretudo sobre os apoios partidários. O sistema proporcional força a uma movimentação de autoproteção das lideranças em busca das melhores alianças para garantir as eleições de seus candidatos, caso isso mude, a discussão com os candidatos majoritários pode ser feita em outro nível, o que pode colocar em risco os arcos de alianças dos candidatos ao governo e ao Senado. 
 
Mas essa situação só deve valer mesmo para as próximas eleições municipais, em 2016. No Congresso, o entendimento é de que o processo para o plebiscito se refletir nas eleições é longo. Após a comissão terminar sua sugestão, elaborará um projeto de decreto legislativo para autorizar o plebiscito. Esse projeto tem de ser aprovado pelo Congresso. 
 
A partir da aprovação, há o prazo de até 70 dias para a realização do plebiscito. Depois de a população ser consultada, o Congresso precisa elaborar e votar projetos de lei ou PECs que representem o resultado da consulta.

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