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Assembleia deve aprovar as contas de Casagrande

Na próxima segunda-feira (5) a Comissão de Finanças da Assembleia deve votar o parecer do deputado Euclério Sampaio (PDT) sobre as contas relativas ao exercício de 2014 do ex-governador Renato Casagrande (PSB). A expectativa é de que não haja problemas para a aprovação, tanto por parte do colegiado como do plenário da Casa.

O relatório de Euclério Sampaio está pronto e deve seguir o entendimento do Tribunal, que mesmo sob os muitos protestos do Ministério Público de Contas, por causa de pagamentos sem empenho no governo passado, decidiu aprovar as contas do socialista sem ressalvas.

Embora tenha tentando forçar a barra no início da análise dos balanços, ainda no Tribunal de Contas do Estado, os emissários do governador Paulo Hartung (PMDB) não encontraram clima no legislativo para uma manobra que poderia “sujar a ficha” de Casagrande. Uma manobra que poderia trazer mais prejuízo para o grupo de Hartung do que benefícios.

Hartung iniciou seu governo tentando eliminar politicamente seu antecessor, com quem travou uma dura disputa eleitoral, decidida pelo voto do interior do Estado. Mas, a partir deste ano, Hartung passou a voltar seu olhar para cenário nacional e para uma movimentação que ampliasse sua imagem para fora do Espírito Santo, vislumbrando outros adversários.

Além disso, o resultado da eleição municipal não fortaleceu Casagrande, como seu grupo esperava, e sem as provocações de Hartung, o ex-governador não tem com quem travar debate, ficando mais próximo da planície. A rejeição das contas, porém, criaria um fato político que traria de volta aos holofotes o ex-governador.

Como a rejeição de contas nunca aconteceu na história recente do Estado, a situação daria um palanque a um ex-governador vitimizado pela manobra de seu adversário e da Assembleia Legislativa que dialoga com a caneta. Neste caso, a tentativa de tirar Casagrande do jogo político, terminaria por lhe dar um discurso para rivalizar com Hartung.

Um sinal para o Palácio que teria entendido o recado que estava na hora de decretar um cessar fogo a Casagrande. O armistício ficou patente quando os governistas sinalizaram que desistiriam da CPI dos Empenhos. O relator da Comissão, Euclério Sampaio apontou pagamento sem o devido empenho de dívidas no governo passado, mas não incluiu no relatório o ex-governador. Aliados de Hartung tentaram por algum tempo adiar a votação do documento na tentativa de incluir Casagrande no rol de denunciados, mas diante do desgaste da manobra, os emissários palacianos recuaram e aprovaram o relatório de Euclério, encerrando o impasse.

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