sexta-feira, julho 11, 2025
17.9 C
Vitória
sexta-feira, julho 11, 2025
sexta-feira, julho 11, 2025

Leia Também:

Assembleia não tem nome ‘independente’ para presidir a Mesa Diretora

Se os bastidores da Assembleia estão pegando fogo com a discussão sobre a presidência da Casa, dividindo o plenário em relação aos nomes que se cogitam para o cargo no Palácio Anchieta, a escolha não preocupa o governo do Estado. Nenhuma das possíveis candidaturas se coloca como independente do governo e pode representar algum tipo de risco para a “harmonia” entre os poderes.

Vice-líder do governo, o deputado Erick Musso (PMDB) é um dos nomes mais fortes na disputa e, na Casa, o início de seu movimento foi visto como uma ação afastada da discussão palaciana. Mas o nome do peemedebista é bem agradável ao governo, pois não oferece qualquer tipo de obstáculo para que o Executivo consiga os resultados que precisa.

A candidatura de Marcos Bruno (Rede), caso venha a se concretizar, tem vários obstáculos, a começar pelo número deputados que o apoiam. Mas em relação à aprovação do Palácio Anchieta também não teria problemas. Afinal, o deputado nunca esboçou qualquer tipo de posição contrária ao governo nas discussões em plenário, aprovando os projetos do Executivo de olhos fechados.

O comando de Theodorico Ferraço (DEM) à frente da Assembleia também não representou qualquer ameaça ao governador até agora e sua quarta recondução à presidência também não traria obstáculos do ponto de vista da gestão. A questão com Ferraço é a concentração de poder que sua família conquistou na política, o que pode vir a trazer problemas externos em 2018 para o tabuleiro de Hartung. Não dá para ignorar o tamanho dos Ferraço, com o decano no comando do Legislativo estadual, o filho, Ricardo (PSDB), na disputa ao Senado ou ao governo e a mulher, Norma Ayub (DEM), como braço de Ferraço na Câmara. Daí o movimento palaciano para desarticulá-lo e a busca de uma ação que o faça sem haver desgaste na relação com o demista, para que não haja ruído nessa relação sempre delicada.

Mas não é apenas a figura do presidente que importa nesta discussão. Para qualquer ação da Mesa é preciso que haja pelo menos duas assinaturas, por isso, o Palácio Anchieta vem acompanhando de perto a escolha dos secretários da Mesa Diretora. As divisões das comissões e a escolha da nova liderança do governo também entram como moeda de troca nesse jogo.

A semana deve ser de muitas reuniões entre o governo e os deputados. Na Assembleia, o secretário-chefe da Casa Civil, Zé Carlinhos da Fonseca Júnior, vem acompanhando de perto todas as conversas, mas uma nova rodada de negociações com o próprio governador também não estão descartadas. O desafio é estabelecer uma confluência para uma chapa única na eleição do próximo dia 2 de fevereiro.

Mais Lidas