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Assembleia rejeita proposta que criava liderança da minoria na Casa

O plenário da Assembleia Legislativa sepultou, de vez, a criação dos postos de líder da maioria e minoria na Casa. Na sessão desta segunda-feira (5), a base governista foi implacável na rejeição do projeto de resolução, proposta pelo deputado Sérgio Majeski (PSDB) e outros parlamentares que ensaiavam um bloco de oposição ao governo. Por 15 votos contra apenas dois – além do tucano, apenas Josias Da Vitória (PDT) votou a favor –, a matéria será arquivada.
 
Durante a sessão, Majeski tentou convencer os colegas de que a proposta seria benéfica para imagem da Casa. Ele citou que a figura de líder da maioria e da minoria já existe em outros parlamentos, no entanto, o tucano acabou sendo facilmente vencido pela base do governista. 
 
A deputada Janete de Sá (PMN) foi a única governista a se manifestar. Em um discurso cheio de referências ao autor do projeto, a parlamentar afirmou que preferia não delegar a ninguém o “direito de falar por ela”.
 
Antes de ser votado em plenário, o texto recebeu o parecer pela constitucionalidade na Comissão de Justiça, além do aval da Mesa Diretora. Entretanto, o projeto de Resolução nº 21/2017 só teve a adesão de dois parlamentares. Os deputados Euclério Sampaio (PDT) e Theodorico Ferraço (DEM), que também se mostram desalinhados com o Palácio Anchieta, mas que não estavam presentes no momento da votação.
 
Logo após a proclamação do resultado, Majeski voltou à tribuna da Casa para rebater as insinuações de Janete e lamentar o posicionamento dos colegas. “O governo conta com um gabinete e cinco assessores pagos com os cofres públicos para atender aos interesses do governo. Então essa casa não poderia ter uma liderança da minoria, que não pleiteou em momento nenhum cargo ou gabinete? Sabíamos da pressão do governo na sua base”, afirmou o tucano.
 
Sobre as críticas à sua postura, o tucano disse que vai continuar apontando os erros da administração Paulo Hartung (PMDB). “Isso serve de estímulo para continuar com minha atuação, da mesma forma. Não preciso ser líder para fazer meu trabalho. O governo me vetou participar de qualquer comissão achando que isso iria me tolir […] Pelo fato desse projeto de resolução ser votado contra pela maioria dos deputados, isso seria bom para imagem da Assembleia, seria bom para todo mundo, menos para o governo”.
 
Janete preferiu retrucar, mais uma vez, o autor da proposta. “Quinze a dois é uma diferença muito larga, entendemos que não é melhor. Não se faz democracia dessa maneira, isso é uma questão de convicção minha, o governo não me pediu nada […] Não existe líder de maioria, nem da minoria, existe líder de governo ou de bancada. Se nem a bancada dele o escolheu como líder”, cutucou.
 
A ideia de criar o cargo havia sido apresentada por Majeski no mês passado ao levantar uma questão de ordem ao presidente da Assembleia, Erick Musso (PMDB). O peemedebista respondeu positivamente a possibilidade de criação dos cargos, mas ponderou que a medida dependeria de um projeto de resolução – barrado agora pela maioria dos parlamentares. Não existe recurso contra a rejeição da proposta, que será arquivada em definitivo.

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