Terça, 16 Abril 2024

Assembleia se cala diante das acusações a Da Vitória

Mais uma vez o corporativismo impera na Assembleia e os deputados estaduais silenciam sobre as denúncias que chegam às portas do colega de plenário Josias Da Vitória (PDT). Apesar de um grupo de deputados se revezar na tribuna para cobrar providência diante das graves denúncias de corrupção que atingiram o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases), o envolvimento do deputado é ignorado.



Na segunda-feira (20), o nome do deputado foi incluído no rol dos investigados no esquema corrupção em contratos firmados entre Iases e a Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis).



Mas o protecionismo ao deputado não se restringe à repercussão da "Operação Pixote", da Polícia Civil e do Judiciário. Ainda no primeiro semestre do ano passado, a Corregedoria da Assembleia recebeu a denúncia da Associação de Mães e Familiares Vítimas da Violência (Amafavv). O corregedor da Casa, José Carlos Elias (PTB), designou o deputado Henrique Vargas (PRP) relator do processo.



Procurado pela reportagem de Século Diário, nessa terça-feira (21), Vargas disse que à época a denúncia foi arquivada porque “não havia comprovação das denúncias”. Questionado sobre os novos episódios, envolvendo o caso, o deputado disse que vai ouvir os colegas para saber as providencias a serem tomadas.



Esta não é a primeira vez que a  Corregedoria da  Assembleia atua de forma a proteger deputados acusados de participação em casos de repercussão. Na legislatura passada, o então deputado Wolmar Campostrini (PDT), apesar de ter o nome envolvido em um caso de venda de votos, teve o processo arquivado na Corregedoria da Casa.



 O escândalo envolvendo Campostrini ganhou projeção no dia 24 de abril de 2008, quando foi deflagrada pela Polícia Federal a operação “Auxilio-sufrágio”, que cumpriu 50 mandados de prisão e outros 59 de busca e apreensão, no escritório, na residência e no gabinete do deputado, que só não foi preso devido à imunidade parlamentar. O processo na Corregedoria ficou parado por dois anos e em 2010 foi arquivado, enquanto isso, 
Campostrini cumpriu normalmente o mandato parlamentar.



Nos corredores da Assembleia, o comentário é de que de se depender dos deputados, nenhuma providência deverá ser tomada em relação ao deputado Josias Da Vitória.



 

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