Sábado, 20 Abril 2024

​Audiência pública na Assembleia debate autonomia pedagógica em escolas

rafaella_machado_protesto_midianinjaES Mídia Ninja/ES

A "Autonomia Pedagógica no Contexto das Unidades de Ensino" é o tema que será debatido na audiência pública a ser realizada nesta quinta-feira (1º), às 15h30, na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa. A sessão promete ser um cenário de repúdio às agressões que têm sido vítimas professores da rede municipal de Vitória, por conta de conteúdos desenvolvidos na sala de aula.

A iniciativa ocorre em decorrência de requerimento da presidente do Conselho Municipal de Educação de Vitória (Comev), Zoraide Barboza de Souza, encaminhada ao presidente da Comissão de Educação, deputado Bruno Lamas (PSB), e representa uma extensão de atos de apoio à professora Rafaella Machado, da Escola Estadual de Ensino Médio Renato Pacheco, no bairro Jardim Camburi.

No último dia 21, cerca de 350 pessoas participaram de uma manifestação em frente à escola, para protestar contra as tentativas de intimidação do vereador de Vitória Gilvan da Federal (Patri) e pais de alunos, por ela utilizar em suas aulas de inglês um conteúdo que falava sobre a questão LGBTQIA+. "Rafaella Machado, estamos com você" foi a palavra de ordem do protesto.

Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Conselho Estadual de Direitos Humanos e o Ministério Público do Estado (MPES) deverão participar da audiência pública. "Esse é um importante espaço de debates, mobilização e união de forças contra os ataques que os educadores e as escolas têm sofrido por parte de alguns políticos, que não conhecem a legislação educacional e nem o importante papel da escola na formação de uma sociedade mais justa e solidária", afirmou Zoraide.

Para ela, "nesse contexto de ataques e criminalização da ação dos educadores, é fundamental que os profissionais e as entidades educacionais possam se unir em prol da educação em amplo debate com a sociedade, com base na nossa fundamentação legal: a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Base Nacional Comum Curricular".

O deputado Bruno Lamas indica que o  momento é de reflexão. "Qual é a sociedade que queremos? É do ódio, da intolerância, da ausência do amor? Ou é a sociedade que reconhece as instituições, o valor das pessoas? Queremos uma escola em que os valores humanos sejam respeitados. Queremos uma escola em que o ódio não entre. Infelizmente, não é o que está acontecendo", explicou.

E emendou: "Virou moda ir para frente de escola agredir professor e diretor. Como se os que gritam mais alto fossem os mais poderosos. É hora de unirmos forças para não deixarmos ninguém destruir o que construímos a várias mãos".

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