A virada do prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede) sobre seu adversário, Sérgio Vidigal (PDT) fica bem evidente no mapa bairro a bairro do município. O prefeito aumentou sua votação na maioria das bases, enquanto Vidigal ficou estacionado.
No primeiro turno, o prefeito conseguiu 96.862 votos e no segundo turno 112.344, 15.482 votos a mais. Já Vidigal, que na primeira fase alcançou 107.031 votos, só conquistou 19 novos eleitores no segundo turno, e terminou a disputa com 107. 050 votos. O prefeito captou grande parte dos 17.704 votos que foram dados aos outros dois nomes na disputa, Givaldo Vieira (PT), que somou 9.023 votos e Gideão Svensson (PR), que obteve 8.681 votos.
A diferença pode estar no fato de que no primeiro turno, Audifax esteve fora das ruas, internado por quase um mês devido a complicações decorrentes de uma pneumonia. Na segunda fase, o prefeito não só estava em campanha, como partiu para o ataque a Vidigal, e conseguiu em um curto espaço de tempo desconstruir a imagem do pedetista.
A estratégia consistiu em cobrar que o deputado federal Sérgio Vidigal honrasse seu mandato na Câmara, além de criticas a um suposto esquema de ocupação de cargos públicos por familiares do pedetista. O prefeito, que terminou o primeiro turno em desvantagem partiu para o ataque e Vidigal não conseguiu revidar. A máquina do município, assim como nas demais cidades em que os prefeitos disputaram a reeleição, também teve um peso grande na eleição.
Embora a Serra tenha novamente repetido a polarização entre Vidigal e Audifax, a insatisfação com essa disputa que já dura mais de duas décadas é evidente. Somados, brancos, nulos e abstenções representaram 88.745 eleitores, que acabaram não votando em nenhum dos dois candidatos, o que representa 28,60%, quase um terço do município, que tem 308.139 eleitores.