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‘Baixa’ no PSDB de Vitória é mais um capítulo da debandada do grupo de Max Filho

No mesmo dia em que o PSDB, do vice-governador César Colnago, oficializou a coligação com o MDB em reunião com o deputado federal Lelo Coimbra, nesta segunda-feira (19), o presidente do diretório municipal de Vitória, Elcio Amorim, divulgou carta-renúncia ao cargo, dizendo-se “decepcionado” e “sem motivação”, e também comunicando sua desfiliação do partido.
 
O ato do ex-presidente agrava ainda mais a situação do PSDB no Estado, que integra a base aliada do governador Paulo Hartung, seguindo a tendência em nível nacional depois das denúncias contra o senador Aécio Neves, envolvido na operação Lava Jato.
 
O PSDB no Espírito Santo começou a perder quadros importantes em disputas internas que afastaram o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas (PPS) e resultou nas saídas já anunciadas do prefeito de Vila Velha, Max Filho, e do deputado estadual Sergio Majeski.
 
O cenário começou a ficar ainda mais tenso com a decisão do presidente estadual do PSDB, César Colnago, de centralizar todas as filiações partidárias, a partir do dia 15 de março, anulando essa prerrogativa dos diretórios municipais, provocando protestos dos dirigentes municipais.
 
Em sua carta, o presidente do PSDB de Vitória afirma que na eleição da nova executiva estadual apoiou a chapa PSDB Autêntico, que tinha como candidato a presidente Max Filho, principalmente por não concordar com a falta de posicionamento em relação ao lançamento de um tucano para o governo do Estado.
 
‘Findo o processo eleitoral, democraticamente vencido pela chapa do vice-governador César Colnago, aguardamos ser chamados para o debate do realinhamento, enfim, participar do processo político. Mas não aconteceu, pelo contrário, fui tratado como adversário, não houve diálogo e nossas tentativas de comunicação foram rechaçadas’, desabafa Elcio Amorim.
 
Externando mágoa, o ex-presidente diz que é muito triste admitir que o PSDB capixaba se apequena em todas as suas instâncias, estando cada vez menos social e sem democracia interna.
 
“A saída de Luiz Paulo Vellozo Lucas, as iminentes desfiliações de Max Filho, e do novato mas grande e promissor nome da nova geração de bons políticos, o deputado estadual Sergio Majeski, certamente contribuirão para transformar o partido num ajuntamento de interesses pessoais, perdendo o status de protagonista do cenário político”, diz a carta.

Aliança

 
Nota assinada pelo deputado federal Lelo Coimbra, presidente estadual do MDB, informa que foram iniciadas nesta segunda-feira as conversas para a formação de uma ampla aliança para as eleições de 2018. As duas siglas oficializam, assim, o que já estava claro no mercado político: vão caminhar juntas.
 
Os dois partidos afirmam que “vão trabalhar para atrair outras siglas com as quais tenham identidade e compartilhem da mesma visão política e de gestão de governo” e que “o candidato ao governo do Estado sairá dessa aliança, bem como uma das candidaturas ao Senado Federal, indicada pelo PSDB”.

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