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Bloco cresce na Assembleia, mas não discute nome para Mesa Diretora

O grupo de 12 deputados eleitos e reeleitos que começou a discutir o novo perfil da Assembleia para a legislatura que começa em fevereiro, cresceu e hoje já contaria com 17 parlamentares. O grupo, porém, não discute um nome para a disputa da presidência da Casa e sim uma forma de fortalecer o plenário e a ocupação dos espaços no Legislativo. Não deixa, porém, de analisar os nomes que estão aparecendo no processo.
 
O cenário na Casa hoje conta com as candidaturas de Theodorico Ferraço (DEM), Guerino Zanon (PMDB), Hércules Silveira (PMDB) e Luzia Toledo (PMDB). Mas a novidade nos bastidores é o surgimento do nome de Dary Pagung (PRP) entre os interessados na cadeira de presidente. Essa possibilidade vem chamando a atenção do grupo, que entende que o cenário até aqui não oferece grandes propostas de fortalecimento da Casa.
 
Deste quadro de candidaturas, os deputados entendem que Hércules Silveira e Luzia Toledo estão colocados para compor a chapa. Querem garantir espaços estratégicos na Mesa ou nas comissões. A disputa ficaria mesmo entre Ferraço e Guerino. O problema é que até o momento nenhum dos candidatos conversou com o grupo e o que fica é o histórico de cada um à frente da Casa.
 
A imagem que o plenário atual e os deputados eleitos têm de Guerino Zanon é o de sua gestão, que foi largada pela metade, quando o deputado se afastou para a disputa pela prefeitura de Linhares. Cenário, que os deputados temem que se repita, caso ele vença a disputa pela Assembleia. O período em que a Assembleia foi administrada pelo peemedebista não foi bom para o plenário e o deputado eleito terá dificuldade em conseguir os votos de que precisa.
 
Já quanto a Theodorico Ferraço, o entendimento dos deputados é de que suas movimentações visam apenas o atendimento às suas demandas pessoais, como a disputa pela prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, e a acomodação da mulher, a ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub (DEM), na bancada capixaba, já que ela é a primeira suplente de sua coligação que disputou a eleição de deputada federal.
 
A postura do atual presidente não vem agradando o grupo. Primeiro Ferraço disse que não era candidato e agora estaria se apresentando para a disputa. A atual gestão também deixa a desejar. Enquanto devolve R$ 25 milhões ao Executivo, a Assembleia sofre com problemas básicos, como a falta de papel higiênico nos banheiros. 
 
Já o nome de Dary Pagung começa a surgir nos bastidores de forma tímida. Seria uma forma de, na impossibilidade de se viabilizar o nome de Guerino Zanon, como candidato palaciano, Pagung seria lançado como candidato do governador Paulo Hartung na disputa. E é assim que o atual presidente da Comissão de Finanças da Assembleia tem se apresentado. 
 
Neste sentido, o grupo também tem buscado analisar o cenário. A eleição de Pagung significaria uma retomada do sistema político de submissão do legislativo em relação ao Executivo. Embora nenhum membro do grupo fale em oposição ao governador Paulo Hartung, os deputados querem manter a independência e fortalecimento do poder e a candidatura de Pagung significaria uma “venda do Legislativo ao Executivo”, como disse um dos parlamentares do grupo. 
 
Sobre a movimentação do deputado Da Vitória, o grupo entende que houve problema na interpretação de seu gesto. O pedetista foi colocado em uma posição de candidatura, sem jamais tê-la assumido, o objetivo foi o de atrair mais nomes para o grupo que ainda não definiu uma candidatura que o represente e quer conversar com todos os candidatos em busca de uma proposta, mas que isso não ocorra às vésperas da eleição, pois aí pareceria uma articulação eleitoreira. 
 
O fato é que hoje, o grupo, unido tem condições de eleger o presidente com maioria de votos, não tem um candidato, mas pode vir a ter de dentro do próprio grupo ou apoiando uma outra candidatura que convença os parlamentares. 

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