A atual gestão da Câmara de Vereadores de Cariacica conseguiu uma economia de R$ 2 milhões, graças a ajustes e cortes realizados. Os recursos serão utilizados para pagar dívidas com os fornecedores e para devolver recursos à prefeitura. A devolução, que vai acontecer pela primeira vez na história de Cariacica, será nesta quinta-feira (12) às 11h 30, na sede da Câmara, no bairro Campo Grande.
Entre as medidas adotadas para enxugar a máquina, estão a diminuição de cargos comissionados e implantação do ponto biométrico, a não utilização de diárias e passagens para vereadores e funcionários da Câmara, reavaliação de contratos feitos em 2013 e 2014. Também houve controle de todo material de expediente, diminuição do consumo de energia e água, não renovação de contratos de alugueis de carros e consumo de combustíveis, renegociação e redução do contrato de limpeza e de vigilância entre outras ações.
Dos cerca de R$ 2 milhões economizados pela Câmara, metade será devolvida à prefeitura. A outra parte será usada para liquidar parte da divida que a gestão anterior deixou com fornecedores relativas aos anos de 2013 e 2014. Este montante deveria ter sido pago pelo orçamento de 2014, porém, foram quitados pelo orçamento de 2015.
Sobre o dinheiro devolvido à prefeitura, a Mesa Diretora da Câmara sugere que o dinheiro seja aplicado na educação e na saúde.
O presidente da Casa, Cézar Lucas (PTC), afirma que ao assumir a o Poder Legislativo, em janeiro deste ano, encontrou o caixa zerado. A partir dai teve que tomar medidas radicais para que pudesse alcançar êxito administrativo logo nos primeiros meses do ano. Cézar Lucas foi precedido na presidência da Câmara pelo hoje deputado estadual Marcos Bruno (PRTB).
De janeiro até o último dia 31 de outubro, entraram no orçamento R$ 11,9 milhões. O vereador disse que a dívida relativa a 2013 e 2014 ainda não zerou e que para saudar o débito está tendo que agir como uma dona de casa que precisa economizar. “Sou formado em administração e vejo que o melhor exemplo vem das donas de casa, que sabem como ninguém onde aperta o sapato quando chega o fim do mês e tem que saudar as contas”, enfatizou.
A adoção do ponto biométrico, o corte no fornecimento de diárias e o cancelamento do contrato de informática geraram uma economia de R$ 72 mil. O contrato de limpeza passou de R$ 336 mil para R$ 192 mil/ano e provocou uma economia de R$ 144 mil. Já o contrato de vigilância caiu de R$ 420 mil para R$ 216 mil/ano, além do cancelamento do uso de carros oficiais e de combustível. Somente essas medidas saneadoras representaram uma economia de meio milhão de reais.
“Outras medidas foram necessárias para que pudéssemos atingir este valor. Estamos cortando a própria carne. Isto não é mérito, é obrigação, dever de todo homem público. O dinheiro não é privado”, ensinou Cézar Lucas.