O plenário da Câmara dos Deputados volta a discutir nesta terça-feira (12) o projeto de mudança do sistema eleitoral para a disputa proporcional do próximo ano. Mas assim como na bancada federal, não há consenso para a votação, sobretudo, em relação a mudança para o chamado distritão, que põe fim às coligações.
Na bancada capixaba, o tema divide opiniões. Os deputados Sérgio Vidigal (PDT) e os petistas Helder Salomão e Givaldo Vieira, do PT, são contra o distritão porque favorecem os políticos que têm mandato e tentam proteger suas vagas. Já o deputado Carlos Manato (SD), defende o sistema, lembrando que o sistema proporcional, frustra o desejo do eleitor, já que nem sempre o mais bem votado é quem fica com a cadeira.
Segundo a Agência Brasil, a ideia é votar o texto-base agora e deixar os destaques para sessões posteriores. Essa PEC é relatada pelo deputado Vicente Cândido (PT). A proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera o sistema eleitoral para os cargos proporcionais, ou seja, deputados e vereadores, e cria um fundo público para financiamento das eleições.
Outra proposta que trata da reforma política também está na pauta é a PEC relatada pela deputada Shéridan Oliveira (PSDB-RR), que altera regras de coligações nas eleições proporcionais e cria uma cláusula de desempenho para ter direito ao horário gratuito de rádio e televisão e para os recursos do fundo partidário.
Nesse caso, o texto-base já foi aprovado em primeiro turno. É preciso, agora, a votação em segundo turno, o que pode ocorrer somente depois da análise da outra PEC, aquela relatada por Vicente Cândido.