Sexta, 17 Mai 2024

Caminho do presidente da Assembleia definirá eleição no sul do Estado

Caminho do presidente da Assembleia definirá eleição no sul do Estado
A forma como estão sendo desenhados os palanques eleitorais do próximo ano sugere uma disputa bastante acirrada para a Assembleia Legislativa em 2014. Vários fatores, além das composições de alianças, também vão influir na definição do novo plenário a partir de 2015, como o desgaste da imagem da Casa e o nível de influência do governador Renato Casagrande no processo. No sul do Estado, porém, outro fator pode definir a eleição. 
 
Nos meios políticos da região, a grande expectativa é sobre o papel que o presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), terá na disputa de 2014. Ferraço está cotado para ser o puxador de votos do DEM para a disputa de deputado federal no próximo ano. Um indício de que estaria disposto a aceitar o desafio, foi a filiação de seu fiel aliado, Edson Magalhães, ao partido. Ex-prefeito de Guarapari, ele é um forte nome à Assembleia com o apoio de Ferraço. 
 
Se o presidente da Assembleia disputar a federal, abrirá o campo para que os outros três candidatos de Cachoeiro de Itapemirim disputem a eleição mais tranquilamente. Em 2006 e 2010, Ferraço foi o segundo mais votado da eleição estadual, tendo respectivamente 60,9 mil e 53 mil votos. Um índice de votação bem superior ao de seus colegas de bancada sulista.
 
Na eleição passada, apenas dois deputados do sul, ou melhor, de Cachoeiro, tomaram posse: Ferraço e Glauber Coelho, eleito pelo PR. Ele teve 23,6 mil votos. Uma votação bem equilibrada com o primeiro suplente da chapa formada por PT, PSB e PMDB, Rodrigo Coelho, que teve 20,1 mil votos em 2010, que por mexidas posteriores no plenário, acabou assumindo a vaga de deputado e é forte na disputa pela reeleição, assim como Glauber. 
 
Um pouco mais afastado na votação, mas se movimentando muito na região, vem o tucano Marcus Mansur, que assumiu uma cadeira na Assembleia no início do ano, com as mudanças promovidas na Assembleia devido às eleições municipais de 2012. Mansur teve 14,5 mil votos na eleição de 2010. 
 
Além da incerteza sobre a o papel de Ferraço, os três deputados têm de lidar com outros problemas para garantir a reeleição. Há lideranças no sul do Estado que devem se apresentar para o pleito buscando o discurso da renovação. Além disso, há as dificuldades das acomodações partidárias. 
 
O PT de Rodrigo Coelho tem cinco deputados e há uma aproximação com o PMDB em nível nacional, que pode fazer com que a bancada de sete deputados peemedebistas esteja no mesmo grupo, deixando a chapa muito pesada. 
 
Glauber Coelho fez uma movimentação no mês de setembro que lhe garantiu um fortalecimento na disputa pela reeleição. Ele migrou do PR para o PSB, do governador Renato Casagrande, o que pode facilitar seu palanque, mas vai depender das pernas que serão formadas no grupo do governador, que tem quase a mesma quantidade de partidos que o apoiaram em 2010, naquela ocasião, 16.
 
Mansur, no PSDB, terá problemas para se reeleger se o partido não sair do isolamento na proporcional. Dos parceiros tradicionais, o PPS já fechou com o grupo de Casagrande e o DEM é uma incógnita. Sozinho, o partido pode não ter fôlego para garantir a reeleição do deputado. 

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