No próximo dia 14 de outubro, o governador Renato Casagrande (PSB) terá um encontro público com o presidente de seu partido, PSB, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, possível candidato a presidente no próximo ano. A expectativa do mercado político será sobre o clima entre os socialistas, diante da posição de neutralidade na campanha presidencial que será adotada pelo governador capixaba no próximo ano.
Casagrande abrirá o dia de palestras sobre gestão pública e sustentabilidade promovido pelo jornal A Tribuna, em Vitória, às 9h40. Às 10 horas será a vez de Eduardo Campos proferir palestra sobre o tema. Os conflitos entre Casagrande e Campos pela candidatura própria à Presidência da República criam a expectativa nas lideranças.
Será um teste para a ideia de neutralidade de Casagrande. O governador, que tem muita influência no Diretório Nacional, é contra a antecipação do debate eleitoral. Também foi contra o racha do PSB com o governo Dilma Rousseff. Assim como socialistas de alguns estados onde o PSB governa, Casagrande não abriu mão do apoio petista em sua gestão.
Muito pelo contrário, ele não vem medindo esforços para manter o apoio do PT em seu palanque de reeleição em 2014. O PT nacional vê com simpatia a proposta de neutralidade de Casagrande. Já o PSB Nacional enviou emissário Teixeira Campos ao Estado em julho para tentar convencer Casagrande a adotar a candidatura socialista.
Outra expectativa criada com a palestra de Eduardo Campos é sobre a vinda de sua principal adversária. Desde a posse, a presidente Dilma Rousseff ainda não veio ao Espírito Santo, apesar das promessas de visita dos petistas do Estado.
Eduardo Campos segue em último na corrida presidencial. Mas se a candidatura da ex-senadora Marina Silva pela Rede Sustentabilidade não vingar, há chances dele crescer na disputa. Mas para o governador capixaba, a manutenção de seu arco de aliança é uma questão mais prioritária do que a candidatura de Eduardo Campos.