Fechando nessa sexta-feira (2) a primeira semana completa de programas eleitorais na disputa pela prefeitura de Vitória, é possível observar que os candidatos ainda estão fazendo ajustes em seus discursos e adaptação ao novo formato dos programas, que agora têm apenas 10 minutos de duração.
Lelo Coimbra (PMDB) e Amaro Neto (SD) falaram sobre a revitalização do Centro de Vitória. O peemedebista gravou no tradicional Mercado da Capixaba e falou a importância de valorizar o artesanato e cultura local. Já Amaro Neto defendeu a “importação” de um projeto de sucesso em Recife, Pernambuco.
Os programas foram bem produzidos, mas não deixaram de transparecer problemas. Amaro Neto continua contido, tentando transmitir seriedade aos eleitores que o consideram sem condições de governar por causa do perfil extrovertido, o que soa artificial. Já o programa de Lelo Coimbra tem um formato tradicional, sem defeitos aparentes, mas sem grandes ousadias, o que não traz muita atratividade.
Luciano Rezende (PPS) dedicou um bom espaço para o vice, Sergio Sá (PSB), e esta investindo no lema “Fica Luciano”. A fórmula de abordagem de eleitores em regiões mais carentes também é perceptível, como uma tentativa de ampliar o raio de preferência do prefeito, que estaria concentrada na orla.
Perly Cipriano (PT) utilizou seu tempo com imagens e depoimentos no ato “Fora Temer” da última quarta-feira (31), após a decisão do plenário pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Mas esse debate pode não ser o mais apropriado, já que a manifestação era contra o presidente Temer, e não necessariamente em favor da presidente destituída.
O conservadorismo do eleitor de Vitória não atrai a estratégia de Perly, mas o petista tem a missão de defender o legado do partido na cidade e a defesa da política nacional do PT.
André Moreira (PSOL) utilizou seus minguados segundos para apresentar seu número e a vice, Brice Bragato, pedindo voto e se colocando como candidato que não tem amarras com escândalos nacionais, em alusão à Lava Jato.
