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Candidaturas ao Senado criam embaraços aos projetos do PSDB em 2018

Amaro Neto, do PRB, ou Ricardo Ferraço, do PSDB? Essa é a questão central das negociações em torno de candidaturas ao Senado com a chancela dos partidos da base de sustentação do governo Paulo Hartung. 
 
Além disso, do lado do PSDB, tem que garantir a boa colocação do vice-governador César Colnago, presidente estadual do partido, e candidato a deputado federal. 
 
O partido sente os efeitos negativos da repercussão dos frequentes e repetidos abalos que o atingem há quatro anos, por conta do envolvimento de vários de seus dirigentes em processos de corrupção, em especial o seu principal líder, senador Aécio Neves.  
 
Escândalos, ameaça de prisão e perda de mandatos fizeram o ninho tucano encolher na maioria dos estados, provocando debandada de quadros importantes, e o Espírito Santo não é exceção. 
 
Nesse cenário, o senador Ricardo Ferraço figurou como envolvido até esta semana, quando seu processo na Lava Jato foi arquivado por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), já que não foram encontradas provas suficientes para dar prosseguimento. 
 
Ricardo é candidato à reeleição e aparece bem colocado na estimativa do mercado político. Há, no entanto, o deputado estadual Amaro Neto em sua trajetória, que, evidentemente, dificulta o projeto de reeleição. 
 
No ano passado, ele iniciou uma parceria com o senador Magno Malta (PR), também candidato à reeleição, mas depois se afastou, acobertando-se debaixo das asas do governador Paulo Hartung, rompido com Magno.
 
Postulante ao Senado, Amaro vem sofrendo pressões do governo para disputar uma vaga na Câmara Federal, deixando o caminho livre para Ricardo, e abrindo perspectiva de ampliação do nível de influência do governador Paulo Hartung. 
 
O deputado sabe do peso da figura do governador, inclusive em seu partido, o PRB, cuja influência é total. A sigla foi inflada pelo atual chefe da Casa Civil, Roberto Carneiro, para atuar sob as ordens do Palácio Anchieta.  
 
Amaro foi chamado ao PRB, estimulado a se lançar ao Senado pelo governador, conseguiu o apoio de mais da metade de seus colegas na Assembleia Legislativa, e deu mostras que, mesmo sendo um parlamentar com desempenho abaixo do sofrível, é bem articulado e conta com popularidade angariada em seu programa de TV, que atinge as classes C e D. 
 
Tenta formar voo próprio, de olho na eleição municipal de Vitória em 2020, que lhe escapou por poucos votos em 2014. Dentro dessa  contextualização, o Senado é a melhor escolha, por ser um ambiente mais tranquilo, sem necessidade de mostrar muito serviço e, assim, evitar desgaste. 
 
As definições em torno das candidaturas ao Senado ficam na dependência de acordos que só virão à tona no período entre 20 de julho a 5 de agosto, prazo estipulado pela Justiça eleitoral para formalização dos nomes e cargos a que irão concorrer nas eleições de outubro. 

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