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Carnaval de rua em Vitória é novo teste de imagem para Luciano Rezende

Um ano depois de ser alvo de protestos nas redes sociais e em círculos políticos porque “lavou as mãos” em garantir a segurança dos foliões durante o Carnaval, o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), se prepara para enfrentar mais um teste a fim de reverter a desgastada atuação da administração na tão divulgada “revitalização do Centro”. 
 
Como vitrine essencial no contexto de capitalização de dividendos políticos, de maneira especial em ano eleitoral, o Carnaval já movimenta não só o prefeito de Vitória, mas boa parte da classe política. Este ano, os festejos serão realizados de 10 a 13 de fevereiro. 
 
Por motivação política, em 2017 o prefeito Luciano Rezende não priorizou o carnaval de rua – desfile de blocos – e jogou todas as fichas no desfile no Sambão do Povo, que lhe dá visibilidade política.
 
Nesta semana (de 13 a 19), a Prefeitura de Vitória divulgou decreto com as regras para o carnaval de rua no Centro a cidade e uma das exigências é que o desfile de blocos seja encerrado às 19 horas. 
 
No ano passado, foi justamente depois dos desfiles dos blocos que ocorreram vários atos de violência, inclusive tiroteios, sem que houvesse segurança. As pessoas permanecem no local e, por isso, há necessidade de maior segurança.
 
Era a greve da PM e, nos círculos políticos, a postura do prefeito foi vista como uma investida contra o governador Paulo Hartung, seu desafeto político. Enquanto a maior parte da cidade sofria com os efeitos da greve, o Sambão do Povo, uma semana antes data oficial do Carnaval, parecia um lugar à parte.
 
Para o desfile de blocos, realizado uma semana depois do carnaval do Sambão do Povo, a prefeitura não requisitou policiamento e deixou de planejar ações para oevento nas ruas do Centro.
 
A situação era grave. Enquanto bairros da periferia da Grande Vitória continuavam sem policiamento e a presença das Forças Nacionais era precária, Luciano pediu e recebeu apoio para fazer o Carnaval que ele considerava oficial, o do Sambão do Povo. 
 
Na ocasião, o prefeito de Vitória vinha de uma fase de desgaste por ter, em uma gestão que anunciou a revitalização do Centro de Vitória, patrocinado medidas como o Termo de Compromisso Ambiental (TCA) que impôs um autêntico toque de recolher aos moradores. 
 
O vereador Roberto Martins (PTB) apontou problemas sérios no TCA, assinado apenas entre Prefeitura de Vitória e Ministério Público Estadual (MPES), que impõe a bares e restaurantes das ruas Sete de Setembro e Gama Rosa o recolhimento de mesas e cadeiras após as 23h, com a justificativa de reduzir a poluição sonora. 

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