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​Casagrande diz que valores repassados ao Estado estão superestimados por Bolsonaro

Governador destacou que a maioria dos repasses do governo federal é constitucional 

O governador Renato Casagrande (PSB) rebateu, nesta segunda-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro, que no domingo (28) postou em suas redes sociais ter repassado ao Espírito Santo R$ 21,6 bilhões em 2020 devido à pandemia do coronavírus. “Os números estão superestimados”, disse, ressaltando que a maioria dos recursos tem repasse obrigatório constitucionalmente.

Em coletiva de imprensa com a presença dos secretários Nésio Fernandes, da Saúde, e Rogélio Amorim, da Fazenda, o governador comentou os esforços que o conjunto de governadores faz para conter o avanço da Covid-19 e destacou que os repasses do governo federal devido à pandemia somam R$ 2,2 bilhões. O restante é obrigação do governo federal, referente a repasses constitucionais e auxílio emergencial. 

Renato Casagrande faz parte do grupo de 17 governadores que denunciaram o presidente por distorcer os valores sobre repasses para a área da saúde nos estados. Em carta divulgada nesta segunda-feira, os governadores refutaram os valores divulgados pelo governo federal e disseram que os os repasses são “absolutamente minoritários” dentro do montante publicado pelo presidente.

Nesse domingo, Bolsonaro divulgou valores diretos e indiretos repassados aos estados, mas, segundo os governadores, os dados são infundados porque englobam repasses obrigatórios que estão previstos pelo pacto federativo. “Adotando o padrão de comportamento do presidente da República, caberia aos estados esclarecer à população que o total dos impostos federais pagos pelos cidadãos e pelas empresas de todos estados, em 2020, somou R$ 1,479 trilhão. Se os valores totais, conforme postado hoje, somam R$ 837,4 bilhões, pergunta-se: onde foram parar os outros R$ 642 bilhões que cidadãos de cada cidade e cada estado brasileiro pagaram à União em 2020?”, questiona a carta.

Em outro trecho, enfatizam: “Em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o governo federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população”.

Assinam a carta, além de Renato Casagrande, Renan Filho (Alagoas), Waldez Góes (Amapá), Camilo Santana (Ceará), Ronaldo Caiado (Goiás), Flávio Dino (Maranhão), Helder Barbalho (Pará), João Azevêdo (Paraíba), Ratinho Junior (Paraná), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), João Doria (São Paulo), Belivaldo Chagas (Sergipe) e Rui Costa (Bahia).

Os governadores criticaram a “utilização, pelo Governo Federal, de instrumentos de comunicação oficial, custeados por dinheiro público, a fim de produzir informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais”. Eles entendem que é necessário um entendimento e que “a linha da má informação e da promoção do conflito entre os governantes em nada combaterá a pandemia e muito menos permitirá um caminho de progresso para o país”.

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