Casagrande reage à investida de Hartung e manda emissário a Guarapari
O candidato do PSB em Guarapari, o ex-vereador Ricardo Conde, recebe um reforço palaciano na campanha à prefeitura. O vice-governador do Estado, Givaldo Vieira (PT), passa a tarde desta terça-feira (7) no município, caminhando com o candidato socialista.
A visita do vice-governador inclui contato com o comércio local e reunião com lideranças, apoiadores e simpatizantes de Conde, no Comitê Central da Campanha. O objetivo da ida de Gilvado a Guarapari é a declaração da força do apoio do governador Renato Casagrande ao candidato do partido.
Para os meios políticos, a presença do vice-governador, embora não tenha identidade com a cidade, mostra uma reação palaciana à movimentação do grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), que aliado ao presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), tem se movimentado em favor da candidatura à reeleição do prefeito Edson Magalhães (PPS).
Na semana passada Ferraço deixou transparecer em um discurso no lançamento da candidatura do prefeito, que contaria com o ex-governador para tentar mudar a situação de Magalhães na Justiça. O prefeito teve a candidatura impugnada porque estaria disputando um terceiro mandato.
A entrada do Palácio na disputa equilibraria o embate de forças entre o atual e o antigo governo. Com a eleição na Grande Vitória ainda morna, o município acabou se tornando um palco de embate e disputa de espaço político neste momento do período eleitoral, o que para os meios políticos pode ser uma preparação para esse embate de poder nos grandes municípios.
A disputa eleitoral de 2012 está sendo vista como um divisor de águas para o afastamento entre o atual governador e o antecessor. O que pode desenhar o cenário eleitoral de 2014, quando estará em jogo a sucessão estadual.
Apreensão
Nas ruas de Guarapari, a população segue confusa com o pleito eleitoral. O prefeito teria uma vantagem na preferência do eleitor, mas sua situação judicial é complicada. No grupo de Magalhães, uma estratégia já vem sendo articulada no caso de o prefeito não conseguir reverter a decisão judicial de primeira instância.
A manobra consiste em mudar o nome do candidato no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o que pode ser feito até a véspera da eleição. Neste caso, o nome e número na urna continuariam sendo o do atual prefeito, mas o eleito seria outro.
Veja mais notícias sobre Política.
Comentários: