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Obra das ruas Sete e Gama Rosa começa em março, diz prefeitura

Período de janeiro e fevereiro será para discutir o cronograma com a comunidade

A previsão para o início da obra das ruas Sete e Gama Rosa, no Centro de Vitória, é março de 2026. A informação foi passada pela gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) em reunião nessa terça-feira (28) com a Associação de Moradores do Centro (Amacentro). Participaram o secretário municipal de Obras, Gustavo Perim, e a equipe técnica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade e Habitação (Sedec).

Leonardo Sá

Conforme informação da Amacentro, como a obra da Praça Getúlio Vargas, também no Centro, finaliza em dezembro, os meses de janeiro e fevereiro serão o período no qual a prefeitura vai executar ações de escuta dos moradores e comerciantes. O objetivo, segundo o presidente da Associação, Walace Bonicenha, será discutir o cronograma de obras de forma que elas impactem da menor forma possível a comunidade.

O projeto de reurbanização faz parte do grande pacote anunciado pela prefeitura de R$ 1 bilhão de investimentos em várias áreas, até 2024, incluindo os polos gastronômicos da Rua da Lama, da Curva da Jurema e do Bairro República/Mata da Praia. Quando foi apresentado para a comunidade, em janeiro de 2022, foi considerado como um instrumento de fortalecimento do turismo, da economia e da segurança.

No entanto, de lá pra cá, a forma como a prefeitura vinha conduzindo o projeto sofreu críticas por parte da Amacentro, que apontou mudanças na proposta sem que houvesse diálogo amplo com a comunidade. As alterações foram apresentadas em fevereiro de 2024, na Fafi, quando a associação se queixou que a atividade não foi para ouvir os moradores, mas somente apresentar o projeto, já que o edital para licitação da obra já havia sido lançado.

Ainda assim, o projeto será executado. Apesar disso, conforme afirma o presidente da Associação, Walace Bonicenha, a obra se faz urgente. “Precisamos de uma obra de requalificação neste momento. É preciso sair do papel. A praça Ubaldo Ramalhete, por exemplo, precisa urgente de requalificação, não dá para esperar mais”, defende.

Ele afirma que as reivindicações não atendidas “são processos que podem ser refeitos ao longo do tempo”. Uma delas, que é a considerada uma das mais importantes, é o encapsulamento dos cabos e fios que causam poluição visual. Outra reivindicação era a retirada das vagas de estacionamento da Rua Sete e ao lado da praça Ubaldo Ramalhete para ampliá-la.

Leonardo Sá

Na ocasião da apresentação do projeto na Fafi, o então presidente da Amacentro, Lino Feletti, atribuiu essa e outras mudanças ao lobby da diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e de um grupo de moradores do entorno da Rua Sete. Lino apontou que comerciantes diurnos da região queriam a manutenção das vagas para usufruto dos clientes, entretanto, a ideia de grande parte dos moradores e dos comerciantes noturnos era fazer da região um espaço de convivência.

Walace acredita que esse problema pode ser resolvido com ações de conscientização para uso de meios alternativos de transporte e por meio de reivindicações de melhoria na mobilidade, como a construção de estacionamento para bicicletas e uso de transporte público dentro do bairro. Em setembro último, a Amacentro reivindicou à Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado (Ceturb) medidas com foco no transporte público dentro do bairro, como ações voltadas principalmente para idosos que moram na Cidade Alta, Morro da Capixaba e Fonte Grande, como a criação de uma linha de ônibus circular gratuita, ligando os equipamentos culturais, como as igrejas históricas, e os sociais, como unidades de saúde e Centro de Convivência da Terceira Idade.

De acordo com Wallace, a proposta é a disponibilização de um micro-ônibus que poderia sair do Parque da Gruta da Onça até o Parque Moscoso. Essa iniciativa, segundo ele, também “daria dinâmica ao turismo, ao atendimento social, e, logo, ao comércio local”. Além disso, a Amacentro reivindicou um ponto de ônibus na rua Graciano Neves, já que muitos moradores das partes altas fazem compras na feira da Rua Sete e demais pontos comerciais das proximidades. Contudo, não há um ponto de ônibus ali perto, tendo que subir com as compras na Ladeira São Bento para então pegar o transporte coletivo. Até o momento, a Ceturb não deu um retorno às demandas.

Praça Costa Pereira

No início desta semana, a Amacentro protocolou um ofício destinado ao assessor especial da Central de Serviços, Leonardo Amorim Gonçalves; ao secretário municipal de Governo, Luciano Forrechi; à subsecretária de Comunicação, Valéria Cristina Morgado Ribeiro; ao secretário de Cultura, Eduardo Henning Louzada; e ao secretário de Meio Ambiente, Alexandre Ramalho. No documento, foram solicitadas melhorias na Praça Costa Pereira.

A reivindicação foi reforçada durante a reunião com a Semob e a Sedec. A associação obteve como resposta que a obra de manutenção terá início imediato. “Infelizmente, a falta de zeladoria e de manutenção regular e adequada tem resultado em acidentes, quedas e riscos à integridade física dos frequentadores, em virtude de buracos, desníveis, pedras portuguesas soltas e peças de granito comprometidas. São situações recorrentes, algumas persistindo há anos sem reparo, que exigem atenção imediata do poder público”, diz o ofício.

Entre as reivindicações, estão a necessidade de uniformização e instalação correta das cúpulas das luminárias, “de modo a assegurar uma iluminação adequada e harmônica, contribuindo para a segurança e a beleza da praça – que se prepara para comemorar o seu centenário de urbanização”. Também foi solicitada a restauração das esculturas Mãe, Evolução e Desaparecidos, “obras de grande valor artístico e simbólico para a arte capixaba”. De acordo com Walace, a restauração dos bustos já começou a ser feita. Outra reivindicação foi a realização de uma vistoria técnica nas árvores da praça, “com a emissão de laudo sobre o estado fitossanitário das mesmas, considerando a idade e a importância histórica dessas espécies para a paisagem urbana e a memória afetiva da cidade”.

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