O Palácio Anchieta venceu mais uma queda de braço contra o grupo que se coloca desalinhado da política do governador Paulo Hartung (PMDB). Com uma investida bem agressiva, a “tropa de choque” do governador conseguiu retirar os aliados do prefeito de Viana Gilson Daniel (PV), que concorria com a chapa palaciana de Guerino Zanon (PMDB) à presidência da Associação dos Municípios do Estado (Amunes).
Na segunda-feira (20), a chapa já havia sofrido três baixas: Darly Dettmann (PMDB), de Itaguaçu; José Guilherme (PSDB), de Alegre e Borel (PMDB), de Alto Rio Novo. Gilson Daniel, porém, mostrou força ao substitui-los por Almir Barros (PSB), de Atílio Vivacqua; Eliezer Padeiro (PCdoB), de Fundão e Dr. Sidclei (PDT), de Pancas.
Nessa quarta-feira (22), a chapa sofreu novo ataque placiano. Perdeu mais dois nomes: João Paganini (PDT), de Iconha e Professor Ricardo (PDT), de Piúma. Ainda assim o prefeito se manteve na disputa, mas com a saída da prefeita de Guaçuí, Vera Costa (PDT), vai ser difícil manter a candidatura, embora o prefeito tenha até domingo (26) para apresentar recurso. No grupo, o comentário é de que não há mais condições de manter a chapa na disputa.
A saída da disputa, porém, não significativa que o consenso do Palácio Anchieta acontecerá. Os prefeitos que apoiam Gilson Daniel não garantem votos em favor de Guerino, tampouco o prefeito de Viana pretende aderir ao palanque do peemedebista, num eventual chapão de consenso.
Para os meios políticos, a vitoria de Zanon que deve ser confirmada no próximo dia 28, mancha a disputa pela digital palaciana, que levou a pressão aos prefeitos a níveis insuportáveis para esvaziar a chapa de Gilson Daniel, que é ligada à desafeta do governador, senadora Rose de Freitas (PMDB).