Sábado, 18 Mai 2024

Cinco políticos capixabas na lista de apostas das nacionais dos partidos

Cinco políticos capixabas na lista de apostas das nacionais dos partidos
No retorno do recesso, no próximo dia 3 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar o julgamento sobre o fim das doações privadas de campanha. Preparando-se para uma possível mudança que vai afetar as eleições deste ano, a classe política articula a aprovação no Congresso Nacional de um grande fundo para o financiamento de campanhas. 
 
Isso deve fortalecer a atuação das legendas e consequentemente a chamada lista informal dos partidos. Segundo um levantamento do Valor Data, publicado no Valor Econômico desta quinta-feira (9), cinco capixabas apareceram na lista das apostas das cúpulas partidárias. 
 
O que chama atenção é que na lista do PSB nacional, três nomes para a Câmara dos Deputados receberam recursos do partido, com o objetivo de fortalecer o palanque do então candidato ao governo do Estado Renato Casagrande. 
 
Entre as apostas, quem mais correspondeu aos recursos foi Audifax Barcelos, que terminou a eleição de 2010 como o candidato mais bem votado à Camara dos Deputados no Estado: 161.856 votos. Ele foi o quarto na lista nacional do PSB em recursos, recebendo R$ 360 mil. O deputado federal Paulo Foletto é outro socialista do Estado que recebeu recursos da cúpula do partido. Foletto terminou a eleição com 99.312 votos e recebeu do partido R$ 355 mil. O partido conseguiu ainda uma suplência com a aposta de R$ 150 mil em Capitão Assunção. 
 
A lista do Valor Econômico aponta que no PMDB, a deputada federal Rose de Freitas foi a segunda na lista de 14 candidatos que foram aposta do partido. Ela recebeu R$ 650 mil para a campanha de reeleição em 2010. No PT, Guilherme Lacerda foi o quinto na lista de recursos e o partido apostou pesado em sua candidatura, investindo R$ 1,1 milhão em sua campanha, mas ele ficou na suplência, com 48.353. O PSDB nacional não investiu em nenhum capixaba na eleição de 2010. 
 
Essa distribuição das cúpulas partidárias é, para os meios políticos, um arremedo do que pode ser a eleição em lista fechada, em que o eleitor vota na legenda e os dirigentes escolhem a ordem dos eleitos dentro do partido. Esta seria uma condição para o financiamento público de campanha. 
 
Com a lista informal, os partidos conseguem colocar os recursos de campanha que são oriundos do Fundo Partidário e das doações, inclusive, as chamadas doações ocultas. Mas a forma como os partidos vão receber esses recursos pode mudar com o fim do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.650, pelo Supremo. 
 
A ação, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi suspensa no dia 12 de dezembro, após o ministro Teori Zavascki pedir vista do processo.
 
Até o momento, há proposta tem quatro votos a favor do fim das doações. Faltam os votos de sete ministros. O relator da matéria, ministro Luiz Fux, defende que as pessoas jurídicas não têm status de cidadãos. Em seu voto, ele destacou que em 2010, apenas 1% das empresas doou 61% do montante total arrecadado pelos partidos nas eleições, e apenas cerca de 20 mil empresas (0,5% das empresas do país) contribuíram com candidatos. 

Veja mais notícias sobre Política.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sábado, 18 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/