Não resta dúvida nos meios políticos de que a eleição interna do PSDB no Estado tem uma importância muito grande para o governador Paulo Hartung (PMDB), mas garantir um aliado na disputa é mais complicado do que parece. Entre os tucanos, a expectativa era de que o grupo palaciano tente inflar o nome do vice-governador César Colnago (PSDB) para o cargo de presidente estadual do partido. Mas para isso, é preciso resolver um obstáculo.
É que o código de ética dos servidores do Estado proíbe que membros da equipe presidam partidos políticos. Para disputar a presidência do partido, como vem sendo colocado por interlocutores palacianos, Colnago teria que deixar a vice-governadoria. Quando esteve secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, João Coser entregou o cargo para disputar a presidência do PT. Já o atual titular da pasta, Rodney Miranda, também foi obrigado a se afastar da presidência do DEM para assumir a pasta.
Problema que o eventual adversário de Colnago no partido, Max Filho, não tem, já que como prefeito de Vila Velha, ele não tem qualquer impedimento para a disputa. Essa possibilidade, porém, não agrada o governador, que gostaria de ter Colnago no controle do partido, para tentar ingerir nas movimentações tucanas, evitando surpresas desagradáveis para o governador Paulo Hartung em 2018, como uma candidatura do deputado Sergio Majeski (PSDB), por exemplo.
Sem conseguir garantir Colnago na presidência do partido, a movimentação para 2018 fica arriscada para o governador. A parte dos tucanos que defende a eleição do prefeito para o comando do partido olha a movimentação palaciana sem tranquilidade. A expectativa de que uma manobra seja feita para garantir Colnago na presidência do PSDB, como uma mudança na própria legislação dos servidores. Outra movimentação que já se comenta dentro do partido é a substituição de Colnago pelo seu antigo vice à frente do partido, Guerino Balestrassi, que garantiria a influência do tucano no comando da sigla.
