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Colnago e o seu PSDB continuam escondidos no governo de Hartung

O principal parceiro do governador Paulo Hartung (PMDB) na campanha eleitoral do ano passado foi sem dúvida o PSDB. O partido abriu mão de uma candidatura ao Senado, com o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, no palanque de Renato Casagrande, para apoiar o peemedebista.

Mas assim que foram divididos os espaços na equipe do novo governo, notou-se uma frustração do ninho tucano com as vagas ocupadas pelo partido, assim como atenção dada ao arqui-inimigo PT. Entrando no nono mês de gestão, o PSDB ainda não conseguiu um destaque no governo. Na verdade, os espaços cedidos na equipe não são necessariamente para o ninho tucano, mas sim para os aliados do governador que estão no partido.

Os tucanos em cargos mais importantes são o vice-governador César Colnago; o presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes), Luiz Paulo Vellozo Lucas, e o secretário de Ciência e Tecnologia, Guerino Balestrassi. Esse último com visibilidade quase nula no governo. E para os tucanos é um “cristão novo”, por isso, nem é considerado um espaço do partido.

Luiz Paulo deve disputar a eleição em Vitória no próximo ano, mas seu capital político vem de sua trajetória e não por causa do cargo que ocupa hoje no governo, que também não lhe confere destaque. Mas o caso mais complicado é o do vice. Em seus dois governos passados, os vices de Hartung tiveram cargos de destaque.

Lelo Coimbra (PMDB) foi secretário de Educação e conquistou a vaga de deputado federal posteriormente.  Ricardo Ferraço (PMDB) foi secretário de Agricultura, quando rodou todo o Estado. Também comandou a Secretaria de Transportes, seria o sucessor de Hartung se uma manobra política não o tivesse jogado para o Senado.

Colnago deveria ser o homem da área social, sobretudo comandando as ações de defesa de direitos humanos e a implantação do programa Ocupação Social, que ainda não decolou. Colnago vem amargando a falta de vocação do governo para a área. Hartung se mostra mais preocupado em depositar suas energias para conter os avanços do antecessor Renato Casagrande (PSB), que continua sendo uma ameaça à sua hegemonia. Essa mudança de foco do governo protela mais uma vez as ações voltadas para a área social, o que diminui consideravelmente o espaço de Colnago no governo.

Por enquanto, o vice faz reuniões com a equipe e se mantém na posição de expectativa, que não fortalece seu partido e não cria as condições para o tucano se viabilizar para a sucessão de 2018. Hartung assumiu afirmando que ficaria apenas quatro anos, mas sua movimentação não indica essa intenção  em passar o bastão para o vice.

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