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Com 28 votos a favor e dois contra, Erick Musso é eleito presidente da Assembleia

Por 28 votos favoráveis e dois contrários – Sérgio Majeski (PSDB) e Rodrigo Coelho (PDT) – a chapa única encabeçada pelo deputado Erick Musso (PMDB) foi eleita pelo plenário da Assembleia Legislativa, com alguns de seus integrantes confirmados pouco minutos antes do início da sessão. A composição da chapa foi construída com a intervenção de interlocutores do governo do Estado, sobretudo o secretário-chefe da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Júnior (PSD) e o subsecretário Roberto Carneiro (PDT). Do lado do Legislativo, o grande articulador foi o deputado Marcelo Santos (PMDB).

Além de Erick, foram eleitos e empossados, na tarde desta quarta-feira (1), Raquel Lesssa (SD), na primeira secretaria; Enivaldo dos Anjos (PSD), na segunda secretaria; Marcelo Santos (PMDB), na vice-presidência; Janete de Sá (PMN) na segunda vice-presidência; Jamir Malini (PP) na terceira secretaria e Marcus Mansur (PSDB), na quarta secretaria.

Três dos membros da antiga composição permaneceram na nova Mesa: Mansur que era o segundo vice-presidente; Enivaldo dos Anjos, que foi o primeiro secretário, e Raquel Lessa, que ocupava a terceira secretaria. O mandado da nova Mesa é válido para o biênio 2017-2018.

A votação foi rápida e no plenário os deputados tentaram esconder as cicatrizes que o processo deixou, com muita gente magoada pelas manobras de bastidores, que contaram com a participação dos interlocutores palacianos. Mesmo assim, deputados como Marcos Bruno (Rede), Josias Da Vitória (PDT) e Rafael Favato (PEN), que disputaram um lugar na Mesa, mas ficaram pelo caminho, votaram favoravelmente à chapa única.

O mesmo não fez o deputado Sérgio Majeski (PSDB), que antes mesmo de iniciada a votação pediu um aparte para destacar a falta de transparência no debate da eleição. O deputado afirmou ter sido excluído do debate e questionou os motivos pelos quais se chegou àquela composição. O deputado votou negativamente na chapa, alegando não havia opção e que não queria “votar só por votar”.

O voto negativo de Majeski já era esperado, diferentemente do voto de Rodrigo Coelho (PDT), que faz parte da base do governo. O deputado também votou contra a chapa única, destacando que faltou transparência no processo. O nome do pedetista chegou a ser cogitado para a sucessão de Ferraço, mas seu movimento foi considerado antecipado e ele acabou não conseguindo se viabilizar.

Em seu discurso o novo presidente lembrou o avô, o ex-deputado estadual por três mandatos e ex-prefeito de Aracruz por dois mandatos Heraldo Musso, morto em 2011. Ele parabenizou a Mesa anterior, presidida por Theodorico Ferraço (DEM), destacando a gestão austera do antecessor.

Ainda com os resquícios do cargo que deixa, a vice-liderança, não faltou em seu pronunciamento elogios ao governador Paulo Hartung e uma cutucada, de leve, no ex-governador Renato Casagrande (PSB), quando lembra que a Assembleia ajudou no momento de crise, com a readequação do Orçamento do Estado proposto pelo socialista, no início do mandato de Hartung

Após a sessão, Erick Musso e os demais membros da nova Mesa Diretora reuniram a imprensa para uma coletiva. Musso destacou a representatividade dos partidos na nova composição. Sobre o posicionamento dos deputados que votaram contrariamente à chapa, Musso assinalou que Majeski assinou o bloco, por isso foi ouvido sim e que a reclamação foi sobre a metodologia utilizada para as conversas, sem um encontro mais amplo com os parlamentares.

Sobre a independência da Casa, ele voltou a utilizar os votos contrários, já que o tucano é independente e o pedetista é base do governo, o que para Musso mostra que a ingerência do governo no processo não foi determinante para a construção da chapa. Quanto à relação com o Executivo, disse que a Mesa vai avaliar os projetos de acordo com o interesse social.

Em relação aos cargos da Casa, que seria um dos pontos conflitantes na composição, o deputado afirmou que haverá uma avaliação das vagas e não descarta mexer nos cargos técnicos. “Ninguém é insubstituível”.

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