O cenário eleitoral em Linhares é um dos mais confusos do interior do Estado. A grande dúvida do eleitorado gira em torno da candidatura do deputado estadual Guerino Zanon (PMDB). Se ele disputar a eleição, é o favorito ao pleito, mas a rejeição das contas do peemedebista pela Câmara de Linhares pode inviabilizar sua candidatura. A participação de Zanon no pleito vai depender da Justiça Eleitoral.
Outro nome com musculatura para a disputa do próximo ano é o do ex-deputado José Carlos Elias (PTB), mas ele já tem dito a interlocutores que não deve entrar na disputa. Com o desgaste do atual prefeito Nozinho Correa e de seu ex-aliado, deputado Luiz Durão, ambos do PDT, o cenário político do município está aberto.
Para os meios políticos locais, além das inseguranças judiciais em torno dos nomes dos ex-prefeitos, há um entendimento de que o ciclo dessas lideranças estaria se esgotando. Há cerca de 30 anos, a política no município se reveza entre Zanon, Elias, Nozinho e Durão.
Enquanto não se conhece uma definição sobre pleito, as lideranças se articulam. Um movimento forte começa a surgir entre a classe empresarial do município. O empresário do ramo alimentício Sérgio Pessotti. Em 2014, ele disputou a eleição de deputado estadual pelo PRB e obteve 5.388 votos.
O tucano Juarez Esmarçaro, empresário do ramo moveleiro, ensaiou a candidatura em 2012, mas sua movimentação foi abortada por interferência do atual presidente da Câmara Miltinho Colega, que preferiu levar o PSDB para o palanque de Nozinno Correa. Ele também se movimenta, mas enfrentará novamente a movimentação do colega tucano.
Isso porque, com o desgaste de Nozinho e a possibilidade de o PDT local abraçar a candidatura de Luiz Durão, o prefeito estaria articulando o apoio a Miltinho para a disputa à prefeitura.
Outro nome que estuda a entrada na disputa é o empresário Vanderlei Ceolin, dono de uma rede revendedora de veículos. Em 2012, a mulher dele, Milena Mota, disputou a eleição pelo PV e obteve pouco mais de 1,5 mil votos.
Correndo por fora, a deputado Eliana Dadalto (PTC), que foi vice de Nozinho, não descarta entrar na disputa. Em recente entrevista a Século Diário, ela declarou: “Se eu sentir que a população quer o meu nome, não vou me omitir”.