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Com líder e vice-líder no grupo, governo assume viés político da CPI dos Empenhos

Nesta terça-feira (5) a deputada Luzia Toledo, líder do PMDB na Assembleia Legislativa, vai fazer a indicação de um membro da bancada para  integrar a CPI dos Empenhos na vaga aberta com a saída do deputado Rodrigo Coelho (PDT), que assumiu a Secretaria de Assistência Social do Estado. 
 
Se a líder confirmar a movimentação que tentou ser feita na sessão da última terça-feira (29), indicando o deputado Erick Musso para a vaga, os aliados do ex-governador Renato Casagrande (PSB) terão como sustentar sua ideia de que a CPI tem objetivo meramente político, de tentar criar subterfúgios para a rejeição das contas do socialista que devem ser votadas em breve pela Assembleia. 
 
Isto porque, além de Erick Musso, que é vice-líder do governo na Casa, a CPI já conta com o líder do governo, deputado Gildevan Fernandes, que foi alçado a presidente da Comissão, e também tem direito a voto. 
 
Com o líder e o vice-líder do atual governo na Comissão, ficará denunciada a estratégia palaciana para que a CPI subsidie a argumentação dos aliados do governo para uma possível rejeição de contas de Renato Casagrande. 
 
Além dos dois, o deputado Euclério Sampaio (PDT), na condição de relator da CPI, também estaria envolvido na manobra. Em 2014, Euclério já havia participado de manobra semelhante para tentar derrubar as contas do então governador Renato Casagrande referentes ao exercício de 2013. Ele só não conseguiu por causa de uma articulação dos aliados do socialista que obstruíram a votação.
 
A deputado Luzia Toledo chegou a anunciar a ida de Erick Musso para a vaga na CPI na última terça, mas teve que voltar atrás porque o deputado José Esmeraldo, também do PMDB, considerou desrespeito a indicação sem a conversa prévia com os demais membros da bancada que tem seis deputados. A deputada reconheceu o atropelo e decidiu conversar com a bancada antes de definir o nome que irá ocupar a vaga na CPI. 
 
A CPI foi criada na Assembleia Legislativa, por sugestão de Euclério Sampaio, para apurar se houve pagamentos no governo de Renato Casagrande (PSB) sem empenho, sobretudo na Saúde.

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