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Com palanque esvaziado, prefeito de Vitória vai enfrentar cenário bem diferente de 2012 nesta eleição

O prefeito de Vitória Luciano Rezende (PPS) terá um duro caminho na disputa pela reeleição este ano. Além do cerco do Palácio Anchieta ao seu governo e a própria configuração da eleição – curta e sem financiamento privado –, Rezende vai ter de lidar ainda com as perdas significativas de apoios ao logo do primeiro mandato.
 
Uma dessas movimentações que devem ser sentidas fortemente em seu palanque é o apoio dos puxadores de votos no meio evangélico. O primeiro a pular fora foi o senador Magno Malta, depois que o vice, Waguinho Ito deixou o PR, migrando para o PPS do prefeito. 
 
Outras duas perdas que devem ser sentidas no palanque em relação ao eleitorado evangélico, vêm da Câmara de Vereadores. Devanir Ferreira (PRB) parece pronto para desembarcar do grupo do prefeito, deixando uma lacuna nesse segmento. 
 
O período de articulações também não é tão favorável ao prefeito, com a pulverização das candidaturas, que pode levar a um esvaziamento de partidos aliados. Os problemas de relacionamento com a Câmara também agravam essa movimentação. O fato de Renato Casagrande, seu principal apoiador, não estar mais no governo é outro fator preocupante. 
 
Mas também há vantagem, o fato de o ex-governador ter conseguido em nível nacional uma articulação com PPS e Rede, ajuda o prefeito. Isso se os membros da Rede em Vitória mantiverem obediência à costura nacional. A desistência do vereador Serjão Magalhães de não ter efetivado sua filiação à Rede teria esse contexto. 
 
Luciano Rezende vai ter de lidar no período da eleição também com os reflexos de uma greve geral dos servidores de Vitória que terá início nesta terça-feira (29) sem data para acabar.  Se os serviços à população ficarem prejudicados o prefeito pode sofrer as consequências eleitorais. 
 
Outro fator que causa preocupação é o recadastramento biométrico que será realizado até esta quinta-feira (31), sem chance de prorrogação. É uma corrida contra o tempo para que se atinja o eleitorado mínimo de 200 mil habitante, permitindo assim a eleição em dois turnos. Se isso não acontecer, a corrida eleitoral se torna uma corrida de cem metros, sem a chance de uma reviravolta em uma nova etapa. 

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