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Concentração de poder nas mãos de Fabrício Gandini traz conflitos em Vitória

Uma das movimentações que mais chamou a atenção da classe política da Capital foi a acomodação do principal aliado do prefeito Luciano Rezende (PPS), o vereador Fabrício Gandini em sua equipe de governo. Para isso, o prefeito juntou as secretarias municipais de Gestão Estratégica e Comunicação, criando a Secretaria de Gestão, Planejamento e Comunicação e a entregou ao aliado. Dono de uma supersecretaria, Gandini passou a ser chamado nos meios políticos, naturalmente, de supersecretário.

As conversas que circulam nos meios políticos apontam que essa é a estratégia para dar musculatura a Gandini, que deve ser o sucessor de Luciano em 2020. Mas se de um lado essa estratégia fortalece Gandini e o PPS, de outro vem criando insatisfações tanto entre a equipe de governo quanto na classe política. A concentração de poder nas mãos do secretário fortalece apenas o partido e os demais aliados que estiveram no palanque do prefeito estão perdendo espaço na gestão.

Um dos reflexos dessa concentração de poder do PPS aconteceu esta semana com a insatisfação de membros do PP, um dos principais partidos apoiadores do prefeito, que perdeu a secretaria que comandava no primeiro mandato do prefeito e tem ficado sem espaço na gestão. O que pode representar um risco para as próximas eleições. Para tentar apagar o incêndio no partido e ao redor de Luciano e Gandini, o deputado federal Marcus Vicente, presidente estadual do PP, afirmou, segundo o jornal A Gazeta (28/01/17) que a gestão do prefeito Luciano Rezende “não é baseada em loteamento de cargos para abrigar seus filiados. Ele avisou ainda que a parceria com Luciano vai bem obrigado.

Apesar das justificativas do PP, a política de Luciano acaba espantando os partidos aliados de seu lado e sozinho, mesmo com musculatura, precisa de aliados, senão ficará isolado e fragilizado para os planos de voo alto da principal estrela do partido, o próprio prefeito.

Para os meios políticos, a preparação de Gandini para a sucessão municipal é apenas uma parte da estratégia de poder do grupo do prefeito. Com o clico do governador Paulo Hartung (PMDB) e do ex-governador Renato Casagrande (PSB), aliado de Rezende, previsto para 2018. Lideranças em ascensão se tornam credenciadas para a sucessão estadual em 2022.

Para se manter em condições de realizar um processo de fortalecimento interno, contando apenas com as prefeituras de Vitória e Cariacica e com mais 26 vereadores eleitos na última eleição, o partido teria dificuldade para garantir a capilaridade que Luciano precisará para um projeto ambicioso, a disputa do governo do Estado em 2022. A curiosidade das lideranças políticas é saber até que ponto o principal partido aliado de Rezende, o PSB do ex-governador Renato Casagrande, vai ser beneficiado com essa parceria. Isto porque, além da vice, com Sérgio Sá, o PSB não tem conseguido uma contrapartida robusta seja na gestão, seja em fortalecimento político para Casagrande rumo a 2018.

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