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Confusão em assembleia de moradores acende sinal de alerta para prefeito

As movimentações para a eleição na Associação de Comunitária de Jardim Camburi (ACJAC), em Vitória, têm uma especial atenção do grupo do prefeito Luciano Rezende (PPS). É no bairro que mora seu principal aliado, o vereador Fabrício Gandini, também PPS, que hoje comanda a entidade por meio de Anael Parente, que é servidor da prefeitura. 
 
O controle da Associação é importante porque em 2012, Jardim Camburi, que é um dos maiores colégios eleitorais da Capital, foi fundamental para a eleição do prefeito. Além disso, o grupo de Rezende já perdeu duas outras importantes eleições de associação de bairro: Jardim da Penha e Centro de Vitória. 
 
Mas pelo andar da carruagem, a manutenção da hegemonia na associação não será tão fácil de manter. A chapa da situação está na berlinda. Os problemas começaram na terça-feira (15), quando a atual gestão para o triênio 2013-2015 teve as contas rejeitadas pelos moradores, o que tirou a possibilidade de Parente disputar a reeleição. 
 
As contas foram rejeitadas porque os moradores entenderam que o Estatuto da Associação, que determina prestação de contas anuais, não foi respeitado. Outro fato que contribuiu para a rejeição foi a perda de documentos referentes às finanças da ACJAC, o que coloca o funcionamento da entidade sob forte suspeita. Foram rejeitadas as contas de 2013 (37 votos contra e 35 a favor), de 2014 (38 contra e 30 a favor) e 2015 (42 contra e 31 a favor).
 
Nessa quinta-feira (17) o grupo do prefeito sofreu outra dura derrota. A reunião para definir a comissão eleitoral terminou em confusão. Isso porque, os moradores suspeitaram que pessoas de fora do bairro seriam trazidas para a votação. Por isso, foi proposto que apenas moradores com comprovante de residência votassem, o que gerou muita confusão. As luzes e o ar condicionado do local foram desligados e a reunião não terminou. 
 
A eleição deste ano promete ser disputada, já que quatro chapas podem entrar na disputa. O grupo de Gandini já teria um substituto para Anael Parente, seria o administrador regional Vaguinho Borges. Evandro Figueiredo constitui um outro grupo que vai disputar o comando da Associação. O atual vice-presidente da Associação, o advogado Enock Sampaio, pode disputar a eleição também em uma outra chapa, e o grupo do PT, ligado a Tarciso Vargas, também deve entrar na briga. 
 
O grupo ligado a Tarciso Vargas disse também nas redes sociais que ao longo de toda a quinta, já  havia recebido uma série de denúncias de que telefones do gabinete do vereador e da Gerência Regional 8 estariam sendo utilizados para convocar os moradores a votarem em cinco nomes pré-estabelecidos para a comissão. 
 
Sobre a confusão dessa quinta-feira, na ACJAC, Evandro Figueiredo publicou nas redes sociais que vai acionar o Ministério Público Estadual para ficar atento nesta eleição e não haver abuso de poder econômico e uso da máquina pública. “Lamentável mesmo foi saber que um grupo usou a máquina pública para convocar pessoas, em um ato de uso de dinheiro público para fins pessoais”, disse.

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