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Conjuntura política influi na escolha dos vices na disputa deste ano

Grande parte dos prefeitos do Estado vai disputar a reeleição este ano e muitos não vão repetir o vice que os acompanharam nos últimos quatro anos. Vários fatores explicam essas mudanças e a demora na escolha dos parceiros de palanque. Um deles é o fato de que o atual vice, provavelmente, vai ser o sucessor em 2020 das atuais gestões.

E isso não vale só para os prefeitos em disputa à reeleição. A minirreforma eleitoral aprovada no ano passado pela Câmara, e em abril último pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, prevê o fim da reeleição para presidente, governador e prefeito. Caso a PEC113A/2015 seja aprovado, os prefeitos eleitos este ano já não poderiam candidatar-se em 2020. Para os governadores e presidente, a última eleição que permitirá recondução será em 2018.

Escolher o vice certo este ano pode significar a continuidade para o grupo político que estiver no poder, por isso o cuidado está sendo redobrado nesse período de fechamento das chapas. O PSB, por exemplo, faz questão da vice na chapa de Luciano Rezende (PPS), em Vitória, para garantir que o socialista no cargo, que deverá ser o atual secretário de Habitação, Sérgio Sá.

Outro fator que fará com que os candidatos pensem muito bem antes de escolher seus vices são os problemas de relacionamento entre prefeitos e vice nas atuais gestões. Muitos vices abandonaram os mandatos ou passaram a trabalhar para derrubar os prefeitos. Em vez de ter os vices e seus partidos como aliados ou sucessores este ano, alguns prefeitos vão tê-los como opositores perigosos e sedentos por vingança. Por isso, o entendimento é de que é preciso escolher muito bem o vice hoje para tê-lo como aliado em 2020, do que arriscar e ter um opositor a mais na próxima eleição.

Entre os casos de vices clássicos que se tornaram adversários dos atuais mandatários estão os deputados estaduais Rafael Favatto (PEN), que rompeu com Rodney Miranda (DEM) em Vila Velha; Eliana Dadalto (PTC) que deixou Nozinho Correa (PRTB) em Linhares, e Viviane Peçanha (PSD), que se uniu a Norma Ayub (DEM) contra o palanque do prefeito Luciano Paiva (Pros).

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