Domingo, 05 Mai 2024

Convenções se aproximam e chapas proporcionais continuam indefinidas

Convenções se aproximam e chapas proporcionais continuam indefinidas
Maio se aproxima do final e as movimentações para fechar as coligações partidárias continuam sem definição. Mas a semana promete ser de muita conversa para tentar fechar as composições. O problema está na acomodação das lideranças, que estão de olho nas poucas vagas de deputado federal. No PSDB, por exemplo, o presidente do partido, deputado federal César Colnago, estaria resistente em fechar o acordo já alinhavado com o PSB, do governador Renato Casagrande. 
 
O PSB oferece uma coligação vantajosa para os tucanos, que pode não beneficiar especificamente Colnago na disputa. O PSB tem dois puxadores de votos, o deputado federal Paulo Foletto e o deputado estadual Vandinho Leite. A aliança refutada por Colnago poderia ser ainda mais interessante para Luiz Paulo Vellozo Lucas, que podeira sair como senador, compondo chapa com Casagrande na majoritária.
 
Essa composição pode ajudar o PSDB a conquistar até duas vagas na Câmara, o que contemplaria Colnago, se o desempenho aquém do esperado do prefeito de Vila Velha Rodney Miranda (DEM) não beneficiasse dois ex-prefeitos na disputa federal, que podem superar o presidente do partido nas urnas: Max Filho (PSDB) e Neucimar Fraga (PV), que também está no palanque de Casagrande.
 
Mas não é só nessa articulação que as acomodações são complicadas. O PMDB, esvaziado desde a disputa de deputado federal, procura uma chapa que garanta a eleição de Lelo Coimbra e Camilo Cola – que ainda não definiu se disputa mesmo a eleição –, já que Rose de Freitas quer disputar o Senado. Mas quem seria o parceiro do partido na disputa federal?
 
O PT estuda uma composição majoritária com o PMDB, mas quando se fala em proporcional a união é prejudicial ao partido que tem pelo menos três nomes na disputa de deputado federal: a deputada federal Iriny Lopes, o vice-governador Givaldo Vieira e o ex-prefeito de Cariacica, Helder Salomão. Dos partidos em negociação proporcional, a situação do PT é tida como a mais complicada. Definidas as alianças, o partido corre o risco de ficar falando sozinho. 
 
Diferente situação vive o PDT, que tem sua grande estrela o ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal entre os cotados para ser o mais votado na eleição à Câmara dos Deputados. O partido está em condições de conversar com o PT, PMDB e PR e deve deixar para a última hora a escolha do parceiro ideal, o que causa instabilidade nos demais partidos com os quais conversa. 
 
Já o PPS, do prefeito de Vitória Luciano Rezende, não quer coligar com o PSB, já que o capital de sua aposta para federal, o presidente da Câmara de Vitória, vereador Fabrício Gandini, não teria fôlego para entrar em uma disputa com os nomes fortes do ninho da pomba: Vandinho e Foletto.
 
Mostra desse cenário instável pode ser percebida das mudanças feitas pela Renova Espírito Santo. A frente começa a semana com mais uma mexida interna, que já vem se tornando frequentes no grupo. A movimentação desta vez é pela divisão em duas pernas para a federal para abrigar a entrada do Solidariedade, Pros e PSD. A divisão seria dos três partidos mais o PV em uma perna e o agrupamento das demais siglas – PP, PTC, PHS, PSL, PRTB, PSDC e PTdoB –, acrescidos do retorno do PRB em outra perna para  federal. O grupo mantém conversas com o PPS de Gandini e o PCdoB, que ainda espera sinalização da nacional para definir seu espaço no Espírito Santo. 
 
Se na composição federal a acomodação dos partidos é difícil, para a disputa à Assembleia a situação é ainda mais indefinida. Os partidos observam as movimentações dos partidos para tentar evitar as chapas com os chamados puxadores de votos, que podem desequilibrar as coligações. 
 
Neste sentido, merecem cuidados e discussão entre as lideranças as composições com Guerino Zanon (PMDB), Da Vitória (PDT), Glauber Coelho (PSB), Frei Onorio (PT), Atayde Armani (DEM) e outros. 

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